A primeira semana de junho é considerada a semana do meio ambiente, graças ao estabelecimento do dia 5 de junho como dia mundial do meio ambiente durante a Conferência de Estocolmo, em 1972. Para comemorar a data, o CBC (Centro Nacional de Avaliação da Biodiversidade e de Pesquisa e Conservação do Cerrado) desenvolveu três atividades: a divulgação do livro de colorir com informações sobre a biodiversidade do Cerrado, uma palestra sobre conservação da biodiversidade e uma BioBlitz.
A confecção do livro de colorir "Colorindo o Aprender: Cerrado" pelo CBC buscou ensinar sobre o bioma Cerrado e suas características, assim como sua biodiversidade, através de textos e imagens para colorir de espécies da fauna e flora nativas representativas do bioma. O livro também traz informações sobre as ameaças para a conservação do Cerrado, a restauração das áreas degradadas, o desenvolvimento sustentável e o que os cidadãos podem fazer para conservar este bioma. O livro foi apresentado durante uma palestra sobre a biodiversidade do Cerrado para alunos de escolas, no centro de visitantes do Parque Nacional de Brasília. "Essa atividade trouxe uma abordagem prática e lúdica sobre a conservação da natureza" disse a técnica administrativa Letícia Braga.
A palestra sobre conservação da biodiversidade foi ministrada para um público da terceira idade no Centro Presbiteriano Idade e Experiência - CPIE. A palestra foi intitulada "Biodiversidade: importância, ameaças e conservação" e foi realizada a pedido do CPIE como parte das atividades do Centro para a semana do meio ambiente. Aproximadamente 80 idosos participaram ativamente da palestra, relembrando e compartilhando suas memórias e vivências da relação com a natureza durante a infância e refletindo a respeito dos desafios atuais para a conservação da biodiversidade. Na avaliação da presidente do CPIE, Marli Mendes Fernandes, a palestra "mostrou a necessidade do respeito que devemos ter com a natureza e a importância de conservá-la". A palestra foi ministrada pela bióloga Bárbara Morais Thompson, bolsista do CBC, e pelo analista ambiental Danilo do Carmo Vieira Correa. Adicionalmente, foram distribuídos aos idosos exemplares do livro "Colorindo o Aprender: Cerrado".
O objetivo da BioBlitz, por sua vez, foi promover a observação da natureza por meio de registros fotográficos inseridos no aplicativo iNaturalist. O projeto foi coordenado pelo analista ambiental Onildo Marini e incentivou os cidadãos do Distrito Federal a contribuírem com a pesquisa e gestão ambiental através de mecanismos de ciência cidadã, um tipo de ciência em que a participação voluntária de cidadãos auxilia na geração de conhecimento. Esta foi a segunda BioBlitz desenvolvida no Parque Nacional de Brasília. As mais de mil observações de cerca de 400 espécies feitas pelos naturalistas de Brasília podem ser vistas no site inaturalist.org, sob o projeto denominado "Biodiversidade de Brasília - SMA/2019".
O iNaturalist – ferramenta utilizada durante a BioBlitz – é um aplicativo de registro e identificação de espécies de plantas e animais. Através de registros fotográficos, os cidadãos podem contribuir para a conservação da biodiversidade e auxiliar cientistas e gestores ambientais a compreender sobre a ocorrência de organismos em nível mundial. Para utilizar o aplicativo, basta se registrar com endereço de e-mail, criar um nome de usuário e senha. Uma vez registrado, o usuário pode identificar as espécies de plantas e animais que encontrar em qualquer lugar do mundo através do envio de fotografias. A identificação das espécies ocorre por meio de inteligência artificial e avaliações feitas pela comunidade de usuários.
