17/11/20

CNPT divulga questionário de monitoria final das ações do PAN Manguezal

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O PAN Manguezal iniciou o processo de Avaliação Final. É hora de medir os resultados alcançados por este importante Plano de Ação.

Para isso está sendo executada a Monitoria Final das Ações, através de um formulário virtual.

Vamos reunir informações sobre as conquistas, desafios e aprendizados, obtidos na implementação da estratégia de conservação e uso sustentável dos manguezais, nas diferentes regiões do Brasil.

Você articulador, colaborador, membro das comissões, integrantes das instituições parceiras, é convidado a preencher um formulário para cada ação do PAN que esteja envolvido.

Contribua com esta importante etapa de avaliação do PAN Manguezal.

Link de acesso ao questionário virtual:

https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSd5oeIW93wH_kcwczvVHv0Bpc7yH9IFThhvB7iIvdCZsO7FSQ/viewform

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(21) 99151-6504 whatsapp

23/10/20

PAN Manguezal inicia processo de Avaliação Final

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Lançamento do PAN Manguezal na Resex Mestre Lucindo no Pará em 2015 (Foto: GAT Divulgação)
 

O ciclo do PAN Manguezal se encerrou em janeiro de 2020. Desde 2015, foram mais de 60 ações realizadas pelo ICMBio, membros do GAT, povos e comunidades tradicionais, representantes do poder público, de universidades e da sociedade civil.

Agora é hora de medir os resultados alcançados pela implementação desta política pública na costa brasileira!

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Manguezais da Resex Baia do Tubarão - MA  (Foto: Carolina Alvite)

O CNPT, em conjunto com a Coordenação de Identificação e Planejamento de Ações para Conservação (COPAN), e com apoio do Projeto TerraMar (MMA/GIZ) e da consultoria HabitatGeo, gostaria de convidar a rede de atores para participar da avaliação final do PAN Manguezal.

Serão realizadas cinco etapas:
• Monitoria virtual das ações: outubro a dezembro de 2020;
• Reuniões virtuais regionais com representantes do GAT: novembro de 2020;
• Reunião virtual nacional do GAT, CNPT, COPAN, TerraMar (MMA/GIZ) e parceiros: dezembro de 2020;
• Diálogos virtuais com a rede de atores: janeiro a abril de 2021;
• Oficina nacional de avaliação final do PAN: maio de 2021.

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Participe e contribua com a avaliação final desta importante política pública que visa a conservação das espécies ameaçadas e de importância socioeconômica do ecossistema manguezal.
Em caso de dúvidas, entre em contato conosco.

E-mail: O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

 

 

 

 

 

 

26/09/20

Pesquisador do CNPT realiza palestra sobre Turismo com Fauna na UniRio

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A valorização, conciliação e disseminação dos conhecimentos científico e tradicional é uma das premissas de atuação do CNPT.

Diante dessa missão, o Analista Ambiental Marcelo Derzi Vidal, doutor em Biodiversidade e Conservação e integrante da equipe do CNPT, ministrará nesta terça-feira (29) a palestra "Turismo com fauna em Unidades de Conservação – pesquisando, manejando, melhorando", para estudantes do Programa de Pós-graduação em Ecoturismo e Conservação da UniRio, nível mestrado.

As interações turísticas com a fauna silvestre têm o potencial de auxiliar na conservação das espécies, satisfazer as expectativas do visitante e promover a geração de renda nas comunidades receptoras.

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No entanto, sendo desordenadas, podem atuar como vetor de estresse e ameaça para a fauna e para os visitantes.

A palestra apresentará experiências de turismo com fauna em diversas regiões brasileiras e discutirá estratégias de pesquisa e manejo envolvendo as interações turísticas com botos-cor-de-rosa (Inia geoffrensis), jacarés (Caiman crocodilus e Melanosuchus niger) e cavalos-marinhos (Hippocampus reidi).

Dentre os desafios das interações com os animais destacam-se a oferta de alimentos que não compõem o cardápio natural das espécies, o excesso de visitantes envolvidos, a pouca informação repassada sobre aspectos biológicos e conservacionistas das espécies, e a insuficiente fiscalização das interações por parte dos órgãos ambientais.

Por outro lado, chama atenção as oportunidades de desenvolvimento e qualificação das experiências de turismo com fauna. A exploração do turismo embarcado não motorizado, o turismo científico e o turismo de base comunitária são alguns modelos que podem ser desenvolvidos.

Parabéns a todos os envolvidos nesta importante ação de levar conhecimento aos futuros profissionais com atuação multidisciplinar nas áreas protegidas brasileiras.

www.icmbio.gov.br/cnpt

@cnpt.icmbio

22/09/20

Projeto envolvendo o CNPT/ICMBIO e instituições parceiras é selecionado em edital da Fundação Grupo Boticário

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Pesquisador realiza coleta de material para análise

O projeto, "Monitoramento, avaliação e mitigação dos impactos negativos das interações turísticas com botos e jacarés no Baixo Rio Negro, Amazônia Central", coordenado pelo Analista ambiental Marcelo Derzi Vidal, pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais(CNPT/ICMBIO) está entre as 28 propostas finalistas – entre 473 inscritas – que seguirão para a última etapa do programa "Teia de Soluções", iniciativa lançada este ano pela Fundação Grupo Boticário, que busca identificar, aprimorar e apoiar soluções inovadoras para alavancar o turismo em áreas naturais no Brasil.

PROJETO SUBMETIDO

O projeto propõe desenvolver um conjunto de ações que buscam monitorar, avaliar e propor estratégias para mitigação dos impactos negativos das interações turísticas com botos cor-de-rosa (Inia geoffrensis) e jacarés (Caiman crocodilus e Melanosuchus niger) no Baixo Rio Negro, AM.

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Captura temporária dos crocodilianos

Atualmente, as interações com estes grupos são baseadas em oferta alimentar aos cetáceos e captura temporária dos crocodilianos. A proposta encaminhada busca gerar informações que levem a novas formas de interagir turisticamente com estes animais por meio de atividades qualificadas e de baixo impacto, que contribuam para o bem-estar das espécies, satisfação dos visitantes e geração de renda para as comunidades locais, além de ofertar um arcabouço robusto para fomentar a tomada de decisão por parte de órgãos governamentais das áreas de meio ambiente e turismo, empresários, comunidades tradicionais locais e demais atores interessados pela temática de turismo com fauna silvestre no território brasileiro.

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O projeto envolve um grupo interdisciplinar de profissionais vinculados ao CNPT/ICMBIO, ao Amazonas Cluster de Turismo, à Universidade Federal do Amazonas, à Universidade do Estado do Amazonas, ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, e à Fundação Oswaldo Cruz.

Os profissionais envolvidos têm ampla experiência no desenvolvimento de projetos socioambientais na Amazônia brasileira. A iniciativa conta ainda com a parceria de associações representativas de guias e condutores de turismo que atuam na região do Baixo Rio Negro.

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Grupo de trabalho realizando o mapeamento do Baixo Rio Negro

As 28 propostas finalistas avançam para última etapa da "Teia de Soluções", na qual participarão de um processo que envolve mentoria e aperfeiçoamento. Os melhores projetos terão apoio financeiro da Fundação Grupo Boticário para serem executados.

25/08/20

CNPT, Cepene e CMA idealizam Projeto de Monitoramento Comunitário de Peixes-Bois

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Esqueleto de peixe-boi encontrado na Ilha do Gato

Uma ação integrada entre três Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação do ICMBio – o da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT), o de Biodiversidade Marinha do Nordeste (Cepene), e o de Mamíferos Aquáticos (CMA) – possibilitou a concepção e aplicação piloto de um projeto inovador de monitoramento comunitário de peixes-bois-marinhos (Trichechus manatus). O monitoramento participativo aproveita as saídas para o mar de pescadores artesanais para registrar a ocorrência e mapear o uso do ambiente nas unidades de conservação federais pelos peixes-bois, espécie classificada no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção como "Em perigo".

 

HISTÓRICO DO MONITORAMENTO DE PEIXES-BOIS

Os peixes-boi são monitorados desde a década de 1990 por meio de diferentes estratégias. A Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais e a APA da Barra do Rio Mamanguape têm um longo histórico de resgates, reabilitação, reintrodução, capturas e monitoramento por telemetria. O CMA também utilizou por mais de uma década a metodologia de ponto fixo de observação, com a construção de torres de monitoramento espalhadas do Maranhão a Alagoas em importantes áreas de ocorrência.

peixe boi mesa

As atividades voltadas à conservação do peixe-boi marinho tiveram início no estado do Maranhão com a expedição "Igarakuê" (1992), e em 2001 foi criada a base do CMA na estrutura do IBAMA, que realizava campanhas informativas e resgate de animais. Em 2007, implantaram uma destas torres de observação de peixes-bois em vida livre na Ilha do Gato, em Humberto de Campos (MA), onde o monitoramento era realizado por um comunitário local. Em 2015 várias bases do CMA foram fechadas, e dentre estas, a base do estado do Maranhão.

Apesar do fechamento da Base do CMA em São Luís (MA), os longos anos de trabalho deixaram frutos para a conservação dos peixes-bois. Na comunidade Ilha do Gato, o monitor (da comunidade) continuou a realizar o avistamento na torre de observação com o apoio da Prefeitura municipal, e a comunidade, a realizar o Festival de Preservação do Peixe Boi, iniciado em 2007.

 

RESERVAS EXTRATIVISTAS DO LITORAL DO MARANHÃO

O CNPT/ICMBio, coordenado por Gabrielle Soeiro, foi responsável, com diversas parcerias, por ações de elaboração dos estudos socioambientais para criação de três Reservas Extrativistas no Maranhão decretadas em 2018: Itapetininga (município de Bequimão), Arapiranga Tromaí (municípios de Carutapera e Luís Domingues) e Baía do Tubarão (municípios de Icatu e Humberto de Campos). Durante a elaboração destes estudos, coordenados pela analista ambiental Anna Karina Araújo Soares, o CNPT se deparou com frutos do trabalho do CMA e iniciou a concepção do projeto de monitoramento comunitário, em parceria com o Cepene, coordenado pelo analista Leonardo Messias, e com o analista ambiental da Resex Marinha da Lagoa do Jequiá, Iran Normande.

 

O PROTOCOLO DE MONITORAMENTO COMUNITÁRIO

Os pescadores destas comunidades avistam com frequência peixes-boi em seus locais de pesca (pesqueiros) ou durante seus deslocamentos, e possuem notório saber sobre seus territórios. Assim, o projeto visa desenvolver e aplicar um protocolo de avistamento de peixe-boi em vida livre em unidades de conservação federais, coletando dados de ocorrência e avistagens de peixes-bois durante as atividades de rotina de pescadores das comunidades no interior ou entorno da UC.

O piloto aplicação do protocolo ocorre na Ilha do Gato, Reserva Extrativista Baía do Tubarão/MA, devido ao histórico de envolvimento da comunidade com a espécie e com os centros, CMA e CNPT.

Em 2018 foi realizado, pelo CNPT, o levantamento de informações com aprofundamento de dados sobre a Ilha do Gato. O protocolo foi criado no ano de 2019 em uma parceria entre as equipes do CNPT, CEPENE e RESEX Marinha da Lagoa do Jequiá. "A base do processo é a motivação, capacitação e integração da população tradicional local, que planejam juntos atividades que permeiam reuniões, mutirões, oficinas, vídeos, intercâmbios e atividades práticas", diz a analista ambiental, Anna Karina Araújo.

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Equipe de ambientalistas desenvolvendo o Projeto de Monitoramento

Ainda em 2019, foi realizado a montagem de um esqueleto de peixe-boi que estava enterrado na ilha (que contou com o apoio do Instituto Amares), a idealização do Espaço Peixe Boi (apoiado pela gestão da Resex), a reforma e limpeza de maquetes e painéis informativos (apoiado pelo Cepene), reuniões do grupo de mulheres do Gato e a 1ª oficina de monitores da Ilha (apoiado pela colônia de pescadores de Humberto de Campos e engenheira de pesca Laís Mello).

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1ª Oficina de Monitores Comunitários na Ilha do Gato, Município de Humberto de Campos-MA

Nesta oficina de desenho do protocolo houve a definição do método de registro e transmissão dos dados de duas formas: planilhas elaboradas de maneira participativa e adaptadas à realidade local ou envio de áudios para grupo de WhatsApp instituído para este fim. A frequência de preenchimento de planilha ou envio dos áudios ocorrerá diariamente ou sempre que houver avistagem de ao menos um peixe-boi. Foi elaborado ainda um roteiro ilustrado voltado a monitores com menor escolaridade. A ideia é, por meios didáticos, ter informações mínimas para o monitoramento de peixe-boi.

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O protocolo é aplicado pelo CNPT e monitores, e os dados serão sistematização e avaliados pelo CMA, e em seguida discutidos junto com os monitores em constante aprimoramento da técnica e integração de saberes acadêmicos e tradicionais. Segundo o analista ambiental, Iran Normande, "o projeto apresenta baixo custo e alta capacidade de replicação, podendo ser aplicado em outras unidades de conservação com ocorrência de peixes- -boi, ampliando a capacidade de coleta e análise de dados por parte do ICMBio em regiões onde estes dados são deficitários, ao tempo que engaja as comunidades locais em ações de conservação dos peixes-bois".

Na reestruturação do ICMBio em 2020, com a publicação da Portaria nº 554, de 25/05/2020, o projeto de conservação dos peixes-bois retornou a coordenação ao CMA, assim mais um centro de pesquisa embarca na parceria com o CNPT para aperfeiçoamento e publicação do protocolo de monitoramento comunitário do peixe-boi. O projeto contribui para o monitoramento da biodiversidade, avaliação da afetividade das áreas protegidas no bioma marinho costeiro e integração de saberes tradicionais na conservação da espécie e gestão dos territórios.