RESERVA BIOLÓGICA DE POÇO DAS ANTAS COMPLETA 40 ANOS

Brasília (11/03/2014) - A Reserva Biológica de Poço das Antas, unidade de conservação federal gerida pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), completa hoje 40 anos de existência. Localizada no município fluminense de Silva Jardim (RJ), foi a primeira reserva biológica criada no país, com o objetivo de resguardar o ecossistema de Mata Atlântica costeira, proteger a fauna nativa e preservar espécies ameaçadas de extinção, como por exemplo o mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia). O nome tem origem em uma das três propriedades que constituiu a área da reserva, a Fazenda Poço d´anta, localizada à margem do Rio São João.

Educação Ambiental e pesquisa

Diferente dos parques nacionais, a visitação turística não é permitida dentro das reservas biológicas. Já a visitação com fins educacionais é permitida, desde que acompanhada permanentemente. Assim, a equipe da Reserva Biológica de Poço das Antas trabalha em parceira com a Associação Mico-leão-dourado, desenvolvendo ações de educação ambiental com diversos grupos, principalmente das escolas e comunidades da região, sensibilizando cada visitante para a importância da conservação do mico-leão-dourado e da Mata Atlântica.

A Reserva Biológica de Poço das Antas vem se destacando pela significativa atividade de pesquisa sendo uma das unidades de conservação mais bem estudadas do país, considerada um importante centro de referência para o desenvolvimento de pesquisas. Este processo teve início em 1983, com o projeto para Conservação do Mico-leão-dourado e o Programa Mata Atlântica, desenvolvido pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, em execução na reserva desde 1992.

Um pouco de história

A história da reserva biológica teve início em 1967, período inicial da preocupação com a sobrevivência do mico-leão-dourado. Nesta época foram efetuados voos de helicópteros na região do Vale do Rio São João para buscar uma área que pudesse abrigar o mico-leão-dourado e a preguiça-de-coleira (Bradypus torquatus), espécies que já constavam na lista de animais ameaçados de extinção.

Em 1970, em meio ao plano de valorização do Vale do São João e a preocupação com a destruição das últimas florestas situadas nas partes planas da região, em consequência das obras de saneamento, regularização e irrigação do Vale do São João e a construção da Rodovia BR 101, fatores que trariam grande risco de extinção do mico-leão-dourado, foi realizado no ano seguinte, um inventário para avaliar quais propriedades particulares estariam inseridas na área que seria destinada para reserva biológica. Apenas três anos depois, após pressão da opinião pública internacional e com o apoio de entidades conservacionistas, o governo federal assinou o decreto de criação da Reserva Biológica de Poço das Antas.

Comunicação ICMBio
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