Unidades do Espírito Santo e conselheiros são alvo de campanha de educação ambiental

 
O Refúgio de Vida Silvestre de Santa Cruz e a Área de Proteção Ambiental Costa das Algas, unidades que abrangem ambientes costeiros e marinhos de relevante interesse econômico e ecológico na região costeira dos municípios de Aracruz, Fundão e Serra, no Espírito Santo, promoveram durante o feriado de Carnaval campanha de conscientização para proteção de suas praias, amplamente visitadas pelos turistas durante o período.
 
A campanha, que teve como lema “A onda é preservar”, levou informações sobre o que pode ou não ser feito dentro de uma unidade de conservação marinha, como recolhimento do lixo ao término da visita à praia; circulação de veículos na areia; destruição de ambientes naturais e provocar acidentes.
 
Os trechos de praia abordados foram definidos a partir de critérios como acessibilidade e número de usuários frequentadores da praia. No total, foram visitadas 14 praias. A campanha contou com a participação de oito monitores ambientais que receberam treinamento básico com duração de quatro horas, necessário para executar as atividades de campo e ministrado pela equipe do ICMBio e do Estaleiro Jurong Aracruz
 
Os tópicos abordados durante o curso foram apresentação das unidades de conservação APA Costa das Algas e RVS Santa Cruz; importância das UCs; métodos de abordagem e comportamento em campo; detalhamento do folder para os usuários das unidades.
 
Durante a campanha, os monitores procuraram sensibilizar turistas, visitantes, usuários e comunidade sobre a importância da conduta responsável ao visitar ambiente natural e estimularam boas práticas com relação ao uso e manejo do ambiente marinho. Ao encontrar grupos fazendo churrasco, a equipe esclareceu os cuidados com a manipulação de fogo na praia, que pode levar a queimadas na restinga. Outra ação foi alertar os visitantes para que não retirassem animais, conchas ou algas de seu hábitat como forma de levar lembranças da praia visitada.
 
O grupo frisou ainda a importância dos visitantes não estacionarem nem pisarem na vegetação de restinga, dando preferência às barracas que respeitam o meio ambiente. Com relação à compra ou construção de imóveis, a equipe informou que ambas são proibidas em áreas de restinga e mangue protegidos em UCs federais, como é o caso das duas unidades.
 
A recepção dos visitantes à questão foi positiva, muitos apoiaram e incentivaram o trabalho de conscientização, mostrando-se preocupados com os estado de conservação do ambiente costeiro marinho, mas percebeu-se claramente a carência de lixeiras em número suficiente para abrigar o lixo produzido em cada uma das praias.
 
O RVS Santa Cruz e a APA Costa das Algas, que trabalham em gestão compartilhada, ficam a cerca de 20 km de Vitória e possuem áreas com aproximadamente 114.900 e 17.700 hectares, respectivamente, sendo a maior parte marinha.
 
Fonte: ICMBio em Foco, edição 233 - DCOM / ICMbio