do Parque Nacional da Tijuca, Ernesto Viveiros de Castro; e representantes de instituições parceiras como Sebrae, Federação de Montanhismo do Estado do Rio de Janeiro, Universidade do Estado do Rio de Janeiro e RioTur.

 

O “Caminhos da Serra do Mar” é uma trilha de longo curso que está sendo implementada em unidades de conservação de diferentes categorias e esferas de governo no território do Mosaico Central Fluminense e que visa, por meio da visitação ordenada, a preservação da Mata Atlântica nessa região. Ainda este ano serão implementados cerca de 70 km de caminhada, abrangendo a APA Petrópolis e o Parna Serra dos Órgãos. Durante esse percurso o caminhante passará por sítios históricos, cachoeiras, campos de altitude e locais com paisagens deslumbrantes da Serra do Mar.

 

A oficina, no mês passado, teve início com a explanação do diretor da Diman, que citou a importância de implementarmos trilhas de longo curso para conservação das UCs, tendo como principais aliados os turistas e as comunidades locais, estratégia já utilizada no mundo todo, com experiências exitosas que podem e devem servir de exemplo, como a Appalachian Trail, nos EUA, que cruza o país de Norte a Sul, cuja utilização favoreceu inclusive a criação de uma nova categoria de unidade de conservação, a de Trilhas Nacionais.

 

O chefe do Parna Serra dos Órgãos e coordenador do projeto, Leandro Goulart, fez uma pequena apresentação dos “Caminhos da Serra do Mar” enfatizando a necessidade de toda sua equipe estar comprometida com o projeto e desenvolver, em suas respectivas atribuições, ações para a sua implementação. “Não adianta pensarmos em um projeto somente na UC sem levarmos em conta o apoio das comunidades locais envolvidas. Precisaremos de mais informações científicas desses trechos, de uma aproximação com a comunidade do entorno e identificação de condutores locais, e isso será feito com o apoio de toda a ‘Família Parna Serra dos Órgãos’ ”, disse Leandro.

 

Em seguida os coordenadores de Educação Ambiental, Uso Público e Pesquisa da UC apresentaram suas estratégias para envolvimento e alcance dos objetivos. Serão desenvolvidas pela equipe do parque e incentivadas a realização de pesquisa científica nos caminhos. Além disso, a equipe de educação ambiental da unidade realizará diagnóstico das comunidades presentes nas zonas de interstício dos caminhos, visando identificar lideranças, fraquezas, oportunidades e potencialidades.

 

A previsão é de que em maio o trecho Parque Nacional da Serra dos Órgãos dessa trilha de longo curso seja inaugurada já com algumas ações previstas na oficina sendo efetivamente implementadas. Durante o evento foi discutida também a continuidade da grande trilha no Parque Estadual dos Três Picos. “A ideia é que seja implementado um trecho por ano e, a exemplo de outras trilhas existentes no mundo, esta poderá ser realizada ao longo da vida do caminhante, e assim teremos cada vez mais aliados na conservação”, concluiu Leandro Goulart.