MANEJO PARTICIPATIVO DO PIRARUCU CONTRIBUI PARA A CONSERVAÇÃO DA ESPÉCIE

semfotoUnidade:Reserva Extrativista do Médio Purus

Autores:José Maria Ferreira de Oliveira e Henrique Santos
Gonçalves (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)e Raimundo Falcão.

Contato: henrique.gonçO endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.

Bioma: Amazônia

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Objetivo
Reservas extrativistas são áreas protegidas que tem como principal objetivo a manutenção do modo de vida das comunidades locais, a promoção do desenvolvimento sustentável e da conservação da natureza.A efetividade das unidades de conservação dessa categoria está baseada então na promoção do uso sustentável dos recursos naturais e da implementação de estratégias de conservação que envolvam a participação das comunidades locais.O pirarucu (Arapaima gigas) está entre uma das maiores espécies de peixes de água doce do mundo, pode atingir até 3 metros de comprimento e pesar 250 quilos. A espécie tem ocorrência registrada em toda a bacia amazônica e costuma ser encontrados em lagos. O seu sistema respiratório baseado em brânquias e bexiga natatória lhe conferem uma característica peculiar, uma vez que o peixe precisa,obrigatoriamente, vir a superfície para respirar. O pirarucu tem a sua carne bastante apreciada pela população amazônica e a captura dos indivíduos de forma desordenada para atender a uma crescente demandado mercado tem levado a uma diminuição dos estoques. Apesar da insuficiência de dados a respeito ao estado de conservação da espécie, existem registros de desaparecimento da espécie em diversos locais de ocorrência. O pirarucu hoje figura no anexo II do CITES.
Desenvolvimento

dados a respeito ao estado de conservação daespécie, existem registros de desaparecimento da espécie em diversoslocais de ocorrência. O pirarucu hoje figura no anexo II do CITES.

Reservas extrativistas são áreas protegidas que tem como principal objetivo a manutenção do modo de vida das comunidades locais, a promoção do desenvolvimento sustentável e da conservação da natureza.A efetividade das unidades de conservação dessa categoria está baseada então na promoção do uso sustentável dos recursos naturais e da implementação de estratégias de conservação que envolvam a participação das comunidades locais.O pirarucu (Arapaima gigas) está entre uma das maiores espécies de peixes de água doce do mundo, pode atingir até 3 metros de comprimento e pesar 250 quilos. A espécie tem ocorrência registrada em toda a bacia amazônica e costuma ser encontrados em lagos. O seu sistema respiratório baseado em brânquias e bexiga natatória lhe conferem uma característica peculiar, uma vez que o peixe precisa,obrigatoriamente, vir a superfície para respirar. O pirarucu tem a sua carne bastante apreciada pela população amazônica e a captura dos indivíduos de forma desordenada para atender a uma crescente demandado mercado tem levado a uma diminuição dos estoques. Apesar da insuficiência de dados a respeito ao estado de conservação da espécie, existem registros de desaparecimento da espécie em diversos locais de ocorrência. O pirarucu hoje figura no anexo II do CITES.

Com 604.231 hectares, a Reserva Extrativista do Médio Purus possui cerca de 1.200 famílias de comunidades tradicionais que vivam em seus limites de abrangência. Essas famílias têm como principais atividades para geração de renda a coleta da seringa, da castanha do Brasil, do plantio da mandioca e da pesca em pequena escala. Quanto as ameaças, a pesca comercial e a extração ilegal de madeira representam,atualmente, os maiores vetores de pressão sobre a unidade de conservação.Desde a criação desta área protegida, algumas comunidades têm demonstrado interesse em realizar o manejo sustentável da pesca. Em 2008, após a realização de um levantamento dos lagos da unidade de conservação, foi estabelecida uma classificação dos lagos destinados à conservação estrita e para o manejo sustentável. Foram então construídos acordos com as comunidades locais para determinar os tipos de uso que seriam permitidos em cada um desses lagos e,dessa forma, os lagos destinados ao manejo e a conservação estrita foram mantidos em constante vigilância durante o período de maior vulnerabilidade e os lagos de pesca para consumo tiveram o seu uso permitido, sob o cumprimento das regras acordadas.Depois de cinco anos de censo anual em todos os lagos apontados pelas comunidades, foi liberada uma cota de despesca anual de 26%dos pirarucus nos lagos de manejo onde houve constatação de aumento populacional. Foram então estabelecidas as regras para pesca e toda a ação foi acompanhada pelo Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBIO). As comunidade pescaram cerca de 12 toneladas de pirarucu, sendo um total de 134 peixes provenientes de dois lagos da Reserva.


Resultados

Em um desses lagos foi obtida a maior média do tamanho de Pirarucu, com 99 kg, sendoque o maior exemplar tinha 2,70 metros de comprimento e 196 kg. A comercialização do pescado foi realizada no próprio Município deLábrea, por um preço similar ao pirarucu capturado ilegalmente.Com efeito, houve uma diminuição da captura e comercialização ilegal,uma vez que o pescado sustentável passou a suprir a demandalocal, inibindo a prática ilegal. A geração de renda a partir do manejo do pirarucu aumentou o interesse das comunidades locais pela conservação da espécie e levou ao seu envolvimento direto no monitoramento e coibição da captura ilegal.

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