A rica diversidade biológica encontrada na Estação Ecológica (Esec) da Serra das Araras, que é um corredor ecológico para as espécies dos biomas Pantanal e Floresta Amazônica, poderá ser conhecida através de uma publicação lançada no mês de junho. O livro “Estação Ecológica da Serra das Araras: pesquisa de campo como estratégia de ensino de Biologia”, utiliza as atividades didáticas realizada na Unidade de Conservação pelos acadêmicos do curso de Ciências Biológicas do Campus de Tangará da Serra (MT), da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat).

O livro traz a leitura dos trabalhos acadêmicos com briófitas, pteridófitas, orquídeas, bromélias, plantas medicinais, palmeiras, plâncton, artrópodes em serrapilheira, ictiofauna, genética e alimentação da ictiofauna, herpetofauna, avifauna e Ensino de Botânica, sendo um mergulho na biodiversidade presente no mosaico de fitofissionomia do cerrado que a Estação Ecológica da Serra das Araras possui.

A Universidade, em parceria com a unidade de conservação, do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), realiza, desde 2013, atividade didáticas na Esec. As aulas campo foram organizadas pelos professores Nelson Antunes de Moura e Elinez da Silva Rocha, ambos doutores em Ecologia, como parte prática das disciplinas de Ecologia de Comunidades, Populações e Instrumentação para o ensino de Biologia, apoiado pelo chefe da Unidade de Conservação, Marcelo Leandro Feitosa de Andrade.

As pesquisas realizadas pelos acadêmicos descrevem a biodiversidade de animais, plantas e fungos em vários pontos da Estação Ecológica da Serra das Araras, os quais são apesentados no livro. Segundo o organizador da publicação, professor doutor Nelson Antunes de Moura (Unemat) a publicação apresenta "um pouco da rica diversidade biológica encontrada nesta importantíssima Unidade". "Além do protagonismo das pesquisas desenvolvidas pelos acadêmicos durante a sua formação inicial e promove uma experiência importante para esses jovens pesquisadores, não apenas na pesquisa científica como também na realização de uma prática pedagógica para que os professores possam utilizar com os alunos", ressalta o professor.

Já segundo Marcelo, chefe da unidade, que foi o autor do prefácio da publicação, a unidade vem trabalhando incessantemente nestes últimos 5 anos, para que seja utilizada como laboratório em aulas de campo e demais atividades didáticas no ensino superior. "Consequência disso é que a Estação Ecológica da Serra das Araras atualmente representa uma importância na região, como uma das UCs mais pesquisadas no Estado de Mato Grosso e, também, uma das poucas no Brasil que possui um programa de visitação com objetivo educacional planejado e estruturado, onde recebe centenas de alunos universitários anualmente e vem contribuindo para a formação profissional de diversos alunos dos cursos de Ciências Biológicas, Engenharia Florestal e Geografia das universidades da região", ressalta.

Para Marcelo, o sonho do professor Paulo Nogueira Netto, na década de 1980, de se criar Estações Ecológicas como unidades de conservação com objetivo de pesquisa, visitação e educacão e, consequentemente, estas atividades contribuirem para o desenvolvimento científico no Brasil, é uma realidade hoje na Estação Ecológica Serra das Araras.

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