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Entre os dias 20 a 24 de julho, a o ICMBio Costa dos Corais com o apoio do Projeto Conservação Recifal (PCR), realizou em caráter emergencial, uma expedição de campo aos recifes da APA Costa dos Corais (APACC). Essa foi a primeira projeção a campo desde o início do isolamento social para o combate ao novo coronavírus. Os mergulhos foram realizados na Zona de preservação da vida marinha (área fechada) e nas zonas de visitação aquário e nas galés, todos os pontos localizados em Maragogi/AL.
O objetivo desta expedição de pesquisa, foi de avaliar os efeitos do isolamento social nos ambientes coralíneos, ou seja, avaliar como o ambiente se comportou com a suspensão da visitação pública e da pesca artesanal. Segundo a equipe do ICMBio e PCR, o alarmante foi a constatação da grande onda de branqueamento de várias colônias de corais. O branqueamento é um fenômeno diretamente ligado ao aquecimento das águas dos oceanos a nível global. Os pesquisadores destacaram que 2020 foi o ano com maior aquecimento das águas no interior da unidade de conservação (APACC) desde 1985.
Foto- Branqueamento da colônia de Coral-Cérebro (Mussismilia Harttii). Foto: Pedro Pereira |
Segundo Pedro Pereira, bolsista pesquisador pelo projeto Águas Marinhas e Costeiras Protegidas (GEF Mar) e membro da equipe de pesquisa e monitoramento do ICMBio Costa dos Corais. "Infelizmente, apesar do isolamento social, os efeitos do branqueamento foram implacáveis, sendo observada grande mortalidade de corais e muitos corais ainda branqueados. Foi registrada morte de até 70% para Millepora braziliensis (Coral-de- Fogo) e de 40% para Mussismilia hartii (Coral Cerébro), espécie ameaçada de extinção.
O pesquisador reitera que "apesar da falta de dados entre os meses de isolamento social o monitoramento continuado dos recifes da APACC mostra que este é, provavelmente o maior evento de mortalidade de corais das últimas décadas e destaca a urgente necessidade de redução dos impactos das mudanças climáticas."
Foto- Branqueamento da Millepora sp. Foto: Pedro Pereira |
O Gráfico mostra a onda de calor em 2020 (em preto), a mais forte desde 1985. |