ESEC Tamoios promove reunião para construção de Termo de Compromisso com pescadores artesanais

"Que seja bom para todos", "Encaminhar melhor os conflitos", "Construção coletiva", "Fortalecimento das parcerias", "Respeito às práticas das populações tradicionais", "Atender à expectativa da sociedade como servidor público", "Aprendizado", foram algumas das expectativas dos participantes da Câmara Temática de Aqüicultura e Pesca do Conselho Consultivo da ESEC Tamoios, que se reuniu no último dia 25 de abril para começar a tratar do processo de construção participativa de Termo de Compromisso com pescadores artesanais que utilizam áreas marinhas da unidade para a sua atividade de subsistência.FOTO TC PESCA

A reunião, que contou com a participação do analista ambiental Carlos Felipe Abirached, da Coordenação de Gestão de Conflitos Territoriais, teve como objetivo nivelar entendimentos sobre o processo de construção participativa de Termos de Compromisso, conhecer as etapas que deverão ser trilhadas até a aprovação da minuta pelo Conselho Consultivo e planejar os primeiros passos do trabalho coletivo.

Na parte da manhã o grupo pode socializar as suas expectativas quanto ao processo, mostrando um amadurecimento construído na experiência acumulada no trabalho na Câmara Temática, no Conselho da UC e em outros fóruns em andamento na região relacionados à Gestão Compartilhada de Recursos Pesqueiros. Régis Lima, chefe da ESEC Tamoios, apresentou inicialmente um panorama da gestão da UC, reforçando o seu posicionamento favorável à construção do Termo de Compromisso e propondo diretivas iniciais para o trabalho. Em seguida, Carlos Felipe detalhou a base legal dos Termos de Compromisso, as etapas previstas na construção, além de socializar com o grupo as experiências do ICMBio com Termos de Compromisso firmados e em construção. O grupo pode assim entender as oportunidades – diminuição dos conflitos, segurança para a comunidade, entre outros – e os limites – não é uma solução para todos os conflitos, é temporal – que a ferramenta de gestão oferece. Ficou claro que trata-se de uma ferramenta de gestão ainda pouco experimentada pelo Instituto, sem "receitas prontas", gerando por outro lado uma grande oportunidade de aprendizado institucional. E parece que demanda é o que não falta!

Na parte da tarde, o grupo se dedicou ao planejamento das etapas iniciais, sendo evidenciada a necessidade de se pensar estratégias de comunicação que garantam que a informação chegue a todos os pescadores, evitando "ruídos" e contra-informação.

A reunião contou com representantes da FIPERJ, MPA, APA Cairuçu, Colônia de Pescadores, Secretaria Municipal de Pesca de Angra dos Reis, Câmara de Vereadores de Paraty, Associações de Moradores e Pescadores, Universidades, além de estudantes envolvidos em projetos de pesquisa relacionados à pesca artesanal.