Maçaricos e batuíras migram em direção ao Ártico

Cemave monitora as aves limícolas, que foram registradas no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, litoral norte do Rio de Janeiro.

Maçaricos e batuíras de diferentes espécies foram registrados na última semana de abril no Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), do NUPEM/UFRJ/RJ e equipe da unidade de conservação, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro. A expedição registrou centenas de indivíduos que estão migrando para o norte, principalmente, maçaricos-branco, maçaricos-de-sobre-branco, maçaricos-vira-pedras, batuiruçus-de-axila preta e maçaricos-do-peito-vermelho. Boa parte deles já apresentando plumagem reprodutiva, mais colorida, e foram registrados maçaricos-do-peito-vermelho marcados com bandeirolas do Canadá, Estados Unidos e Argentina.

O maçarico-de-peito-vermelho (Calidris canutus) é considerado ameaçado de extinção, e estudos realizados na Argentina, no último verão, indicam que a população continua em acentuado declínio populacional, quase 25% no último ano, pontua Danielle Paludo, coordenadora do PAN Aves Limícolas Migratórias, do Cemave/ICMBio. "Foi uma alegria constatar indivíduos bem-sucedidos em suas longas migrações no Parque, e que essa é uma área importante de parada das limícolas, protegida e favorável para o seu descanso e alimentação", ressalta Danielle. O Parque da Restinga Jurutiba abrange um importante conjunto de lagoas costeiras ricas em invertebrados que são alimento das aves limícolas. Além disso, os cerca de 45 km de praias conservadas favorecem a parada das espécies mais costeiras, como o maçarico-branco.

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