Iniciativa da ESEC Murici beneficiará aves ameaçadas de extinção

A Estação Ecológica (Esec) de Murici, em Alagoas, iniciou, no mês de maio, a construção de um corredor ecológico. O objetivo é reconectar as áreas para proporcionar o deslocamento de animais, a dispersão de sementes e o aumento da cobertura vegetal. O corredor ligará o setor leste e oeste da unidade de conservação federal, isolados a mais de 20 anos por pastagem.

A área de ligação é da Fazenda Bananeiras que terá 100 metros de largura, e que teve a construção do corredor permitida pelo proprietário. Os brigadistas da unidade ajudam na construção da cerca utilizando estacas da madeira de sabiá (típica do Nordeste), que foram todas recolhidas de áreas degradadas. O arame e o grampo foram doados pela Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil).

"Já identificamos três nascentes que vão ser recuperadas dentro do corredor", conta o analista ambiental e chefe da unidade de conservação, Marco Antônio Freitas. Segundo ele, o corredor é importante para permitir o fluxo gênico entre as espécies de fauna e flora. "Muitos animais são fotofóbicos e não atravessam 10 metros sem que tenha mata. Além disso, o corredor vai reconectar ilhas de florestas existentes na área para fazer as pontes e ainda serão plantadas árvores nativas", explica Freitas.

Os corredores ecológicos são alternativas para reconectar fragmentos dos ecossistemas, muito utilizados no sudeste e sul do Brasil a partir dos anos 90. Essa ferramenta de conservação reduz os efeitos da fragmentação dos ecossistemas ao promover a ligação entre as áreas. Com isso, ajuda na manutenção do fluxo de espécies entre fragmentos naturais, a conservação dos recursos naturais e da biodiversidade. São, portanto, uma estratégia para a manutenção das funções ecológicas no mesmo território.

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