Após trinta anos, primeiros filhotes de ararinha-azul nascem na Caatinga

No dia 11 e no dia 13 de abril, nasceram os primeiros filhotes de ararinha-azul (Cyanopsitta spix) na Caatinga brasileira. Os pais são um jovem casal, que conseguiram pôr quatro ovos, sendo dois deles férteis. O primeiro filhote não conseguiu ser criado pelos pais, ainda inexperientes, mas o filhote mais novo está recebendo os cuidados da equipe do criadouro no Refúgio de Vida Silvestre (Revis) da Ararinha Azul, em Curaçá (BA).

 

Foto: Cromwell Purchase

 

Esses foram os primeiros nascimentos, em trinta anos, de aves da espécie na região, que é a terra natal da ararinha-azul. O animal foi considerado extinto na natureza na década de 2000, quando o último espécime, um macho, não foi mais visto.

Os pais da nova ararinha-azul fazem parte do grupo das cinquenta aves trazidas em março de 2020 da Alemanha, em parceria com a organização alemã Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP) e outras entidades. Parte dessas aves deve formar um plantel para manter a variabilidade genética da espécie com outros criadouros no Brasil e no exterior, enquanto a outra parte deve ser solta até o ano que vem.

A recomposição da população da ararinha- -azul, bem como sua soltura são ações previstas pelo Plano Nacional de Conservação da Ararinha-azul (PAN Ararinha-azul), coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave).