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As aves chegaram ao Brasil nesta terça
Nana Brasil
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Brasília (03/03/2015) – Na manhã desta terça-feira (3), chegaram a São Paulo Carla e Tiago, um casal de ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii) nascido na Alemanha. Resultado da cooperação entre os dois países, a transferência das ararinhas no Dia Mundial da Vida Selvagem é bastante simbólica. A iniciativa faz parte do Projeto Ararinha na Natureza, cujo objetivo é reproduzir a ararinha-azul em cativeiro e reintroduzir a espécie em seu habitat – a Caatinga brasileira – até 2021.
Saiba mais sobre a chegada de Carla e Tiago
A cerimônia de entrega do título de propriedade das ararinhas ao governo brasileiro foi realizada no Ministério do Meio Ambiente (MMA), em Brasília, na tarde desta terça-feira. Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, "as ararinhas são um símbolo do nosso país. A oportunidade de ter Carla e Tiago de volta ao Brasil coloca o desafio de estabelecermos um novo olhar sobre a conservação da biodiversidade, pois isso só é possível com o envolvimento de todos".
O presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Roberto Vizentin, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Volney Zanardi, a chefe da Autoridade Administrativa Alemã da Convenção sobre Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES), Irina Sprotte, o co-fundador da ONG alemã Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), Jürgen Dienst, também participaram da cerimônia, entre outras autoridades.
Izabella Teixeira enfatizou a importância da cooperação internacional e a parceria com o país europeu. "A cooperação mais antiga do Brasil na área de meio ambiente é com a Alemanha", frisou. Estavam presentes o embaixador José Antônio Marcondes de Carvalho, do Ministério das Relações Exteriores (MRE), e o embaixador da Alemanha Dirk Brengelmann.
"No Dia Mundial da Vida Selvagem, eu tenho a honra de estar aqui por ocasião da transferência de Carla e Tiago. Em nome do governo alemão, desejo que o retorno das ararinhas à natureza se torne realidade em breve", afirmou a chefe da Autoridade Administrativa Alemã da CITES, Irina Sprotte.
O presidente do ICMBio lembrou que o manejo dos exemplares de ararinha-azul como uma população única é fruto do trabalho de cooperação entre as instituições parceiras. "Duas iniciativas são determinantes para a reintrodução da espécie na natureza: a criação de uma Unidade de Conservação (UC) na região de origem das aves e a mobilização das comunidades locais, através do programa Bolsa Verde e de ações de educação ambiental", pontuou Roberto Vizentin. A ministra Izabella Teixeira afirmou que a proposta de criação desta UC deve estar pronta ainda em 2015.
Para o co-fundador da ACTP, Jürgen Dienst, projetos como o da ararinha-azul encorajam as novas gerações a lutar para manter o planeta vivo. "O sucesso dessa iniciativa é a força que nos impulsiona a seguir adiante. Meu sonho é ver a ararinha-azul mais uma vez voando na natureza", concluiu Jürgen.
Sobre a ararinha-azul
Considerada extinta na natureza desde o ano 2000, a ararinha-azul é originária da região de Curaçá, na Bahia, onde sua população foi dizimada, sobretudo devido ao tráfico de animais. Hoje, existem apenas 90 exemplares da espécie, todos em cativeiro. O intuito das permutas entre os criadouros é buscar, a partir de mapeamentos genéticos, os melhores cruzamentos para as ararinhas, a fim de garantir o maior número possível de filhotes e a ampliação da diversidade genética da espécie.
Sobre os parceiros do Projeto Ararinha na Natureza
O Projeto Ararinha na Natureza, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (CEMAVE/ICMBio), faz parte da implementação do Plano de Ação Nacional para a Conservação da Ararinha-azul, consolidado em 2011 pelo ICMBio.
Além dos criadouros – Association for the Conservation of Threatened Parrots (ACTP), na Alemanha; Al-Wabra Wildlife Preservation, no Catar; Nest e Fundação Lymington, no Brasil –, que trabalham para garantir a reprodução da espécie em cativeiro, o projeto conta com a parceria da Vale e de organizações da sociedade civil sem fins lucrativos, como o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e a Sociedade para a Conservação das Aves do Brasil (SAVE Brasil).