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Espécie conta com população de menos de 1.300 indivíduos
Brasília (20/05/2015) - No mês de abril, o Parque Zoológico de São Paulo foi o primeiro no Brasil a registrar o nascimento em cativeiro de uma arara-azul-de-lear. Para o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave) isso representa um grande passo para o manejo da espécie em vida livre. Segundo a médica veterinária e analista ambiental do Cemave, Camile Lugarini, o nascimento do animal em cativeiro também demonstra o comprometimento dos mantenedores da arara-azul-de-lear no Brasil para a conservação da espécie.
"A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é considerada ameaçada de extinção (MMA, 2014) e tem uma população de menos de 1.300 indivíduos concentrados na região noroeste do estado da Bahia. Assim, as iniciativas de conservação se concentram em manter o crescimento populacional da espécie, garantindo e incrementando a qualidade do habitat e envolvendo as comunidades de sua área de ocorrência na conservação da ave. Isso inclui o monitoramento da espécie em vida livre, o combate ao tráfico, a diminuição dos conflitos resultantes de ataques pelas araras a plantações de milho na sua área de ocorrência e a reprodução em cativeiro", explicou Camile Lugarini.
Ainda de acordo com a analista ambiental do Cemave, a reprodução em cativeiro também tem o objetivo de melhorar os índices genéticos de uma população localizada no Boqueirão da Onça, que tem somente dois indivíduos conhecidos.
A ESPÉCIE
A arara-azul-de-lear vive em bandos e utiliza para descanso e reprodução os paredões rochosos de arenito-calcário localizados em dois sítios protegidos, a Serra Branca, localizada na região sudoeste da Estação Ecológica (ESEC) do Raso da Catarina, no município de Jeremoabo; e a Toca Velha na Estação Biológica de Canudos, de propriedade da Fundação Biodiversitas, no município de Canudos.
A espécie se reproduz apenas nas cavidades naturais dos paredões. A época reprodutiva vai de setembro a julho, quando os últimos filhotes saem dos ninhos. Um mesmo paredão que contenha diversas cavidades pode abrigar vários casais em atividade reprodutiva e em cada cavidade podem ser criados de um a três filhotes por temporada.
Degradação do ambiente (desmatamento, queimadas e mineração), falta de alimentos (especialmente os frutos de licuri, palmeira típica da região) e tráfico de animais colocaram a espécie na situação de Criticamente em Perigo (CR) pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), em 2008.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280