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Plano foi iniciado após confirmação do 1° caso de encefalite em humano causado pelo vírus
Juliana Morais
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Brasília (17/07/15) - O Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio) – centro administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - representou a instituição na segunda etapa de elaboração do Plano de Investigação de Vírus do Nilo Ocidental, cujas reuniões ocorreram entre os dias 14 a 20 de junho, no município de Aroeiras do Itaim, no Piauí. O vírus está sendo investigado por diversas instituições públicas após a confirmação, em agosto de 2014, do primeiro caso de encefalite em humano, no Brasil.
A participação do Cemave na discussão em torno do vírus do Nilo Ocidental, no entanto, foi iniciada apenas na segunda etapa do Plano, já em junho deste ano e envolveu ações de captura, anilhamento e identificação das aves silvestres na região. Para isto os analistas ambientais do Cemave, contaram com o auxílio do ornitólogo e pesquisador da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Pedro Cerqueira Lima.
O Plano de Investigação é coordenado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde e conta com diversas instituições parceiras, como o Instituto Evandro Chagas, o Instituto Adolph Lutz, a Universidade Federal da Bahia, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Secretaria de Estado da Saúde do Piauí.
Início do Plano de Investigação
A primeira etapa de discussões para elaboração do Plano ocorreu no final de 2014, poucos meses após o vírus do Nilo Ocidental ter sido detectado em um vaqueiro, morador da zona rural de Aroeiras do Itaim.
"O diagnóstico foi possível por meio de estratégia de vigilância hospitalar com foco em encefalites e que inclui arbovírus (vírus transmitidos por mosquitos) entre os agentes suspeitos. Tal estratégia é desenvolvida em Teresina, Piauí, com apoio do Ministério da Saúde e do Instituto Evandro Chagas, que é o laboratório de referência nacional para pesquisas de arbovírus no Brasil", explica a representante do Ministério da Saúde, Pollyanna Araújo.
Técnicos do Ministério da Saúde, do Instituto Adolfo Lutz e do Instituto Evandro Chagas realizaram a coleta de amostras biológicas (sangue e soro), para análise em laboratório referência no tema. Todos os procedimentos seguiram rígidos protocolos de biossegurança e os resultados serão divulgados oportunamente pelo Ministério da Saúde", afirmou Emanuel Barreto.
Conscientização dos moradores
Na expedição de campo realizada para as ações de captura, anilhamento e identificação das aves silvestres também foram identificadas duas novas colônias reprodutivas de avoante ou pomba-de-bando (Zenaida auriculata), ave considerada possível hospedeiro natural do vírus.
Os pesquisadores aproveitaram a ocasião par alertar moradores locais acerca dos riscos potenciais de consumo de carne de animais silvestres, esclarecendo a utilidade e importância das anilhas nas aves. "Considerando que a febre do Nilo Ocidental pode ser transmitida, a partir de aves silvestres e/ou equídeos (cavalos, pôneis e burros) para humanos, eventos suspeitos devem ser comunicados, imediatamente, ao Ministério da Saúde, por meio do endereço eletrônico O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.", alertou Pollyanna Araújo.
Já as ocorrências de mortes de aves silvestres, em larga escala, devem ser comunicadas ao Cemave/ICMBio, assim como as mortes de equídeos, com causas neurológicas, devem ser informados ao Ministério da Agricultura, por meio dos escritórios locais e regionais do órgão
Na ocorrência de casos humanos suspeitos, os pacientes devem procurar o serviço de saúde local, que por sua vez, deve informar, prontamente, à sua respectiva secretaria municipal de saúde. A partir daí a rede de informações deve ser ampliada, com comunicação imediata às secretarias estaduais de saúde dos locais de origem e ao Ministério da Saúde.
Febre do Nilo Ocidental
A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma doença causada pelo vírus do Nilo Ocidental (VNO), do gênero flavivírus, que é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex.
Os hospedeiros naturais são algumas espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus (viremia alta e prolongada) e como fonte de infecção para os mosquitos. Cavalos e outros mamíferos também são suscetíveis à infecção, embora não desempenhem papel importante na cadeia de transmissão.
No homem, assim como em outros animais suscetíveis, a infecção se dá pela picada de mosquito infectado. A doença se manifesta em diferentes níveis de gravidade, e os sintomas mais comuns são febre de início súbito, acompanhada de mal estar geral, falta de apetite, dor muscular, dor de cabeça, náusea, vômito, manchas vermelhas na pele e alterações ganglionares.
Nos casos graves, que representam cerca de 1% do total de casos, o indivíduo apresenta doença febril acompanhada de manifestações neurológicas (alterações no sistema nervoso central e no "padrão mental"). Nestes casos, a doença pode levar à morte.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280