Este trabalho apresenta os resultados obtidos de um estudo dos rendimentos para os diversos métodos de pesca (rede, mergulho e covo), utilizados para a captura de lagostas (Panulirus argus e P. laevicauda), obtidos de pescarias comerciais durante o período de maio a dezembro de 1993. Os desembarques mensais de dezenove embarcações (sete que operaram com rede; nove com mergulho, e três com covos) foram acompanhados durante este período. Os resultados obtidos mostram que a rentabilidade média da pesca com rede foi de 1,0 kg/100 metros/dia, para a pesca com mergulho foi de 4,5 kg/hora e de 0,1.93 kg/covo/dia para a captura com covos, respectivamente. O comprimento (Lt) médio da lagosta vermelha (Panulirus argus) foi de 272, 216 e 191 mm, para as capturas realizadas com rede, mergulho e covo, respectivamente. Para a lagosta verde (Panulirus laevicauda) o comprimento médio foi de 204, 191 e 160 mm, respectivamente. Observações da rede em operação demonstraram que o recolhimento de cascalho (substrato: algas, corais, etc) foi pouco representativo (0,901 kg/100 metros de rede). De todos os desembarques acompanhados, foi constatado que 0,6%; 24,5% e 60,9% de lagostas vermelha capturadas, respectivamente, com rede, mergulho e covo, estavam abaixo do tamanho mínimo permitido pela legislação em vigor, enquanto que para a lagosta verde os percentuais foram de 4,3%, 16% e 73,6. Os resultados obtidos demonstram que a quase totalidade dos individuos capturados acima de 30 metros tinham comprimento total superior ao permitido pela legislação, demonstrando que existe uma distribuição espacialmente estratificada do comprimento médio dos individuos (machos e fêmeas) em relação à profundidade.
|