Flona Lorena realiza oficina de planejamento participativo

Para colher subsídios dos conselheiros e convidados visando à elaboração do plano de manejo da Floresta Nacional de Lorena, foi realizada no mês passado, em Guaratinguetá (SP), uma Oficina de Planejamento Participativo – OPP.

O processo foi dividido em etapas. A primeira foi sobre o diagnóstico elaborado pelos pesquisadores, mostrando a Flona quanto a seus aspectos físicos e geográficos, qualidade das águas, fauna, flora e condições socioeconômicas, além da proposta de zoneamento interno da unidade e da Zona de Amortecimento. Também foram realizados trabalhos em grupos para sugestões e aprovação em plenário da
missão, visão de futuro e princípios da Flona Lorena.

Seguindo a Metodologia Metaplan e SWOT, foi realizada uma avaliação estratégica da unidade, analisando seus pontos positivos e negativos, ameaças e oportunidades, resultando na matriz estratégica da Flona. No último dia foram elaboradas as propostas de ação para a UC, assim como apresentadas e aprovadas em plenário as propostas de planejamento (programas), cooperação interinstitucional e parcerias para implantação do plano de manejo.

Como ponto positivo da Flona, foi destacado pelos participantes o programa de voluntários em andamento na unidade e a relevância da biodiversidade da área para o Vale do Paraíba. Quanto aos negativos, a falta de recursos financeiros e humanos (servidores e funcionários). Ainda segundo os participantes, as principais oportunidades são a existência de várias instituições para estabelecimento de parcerias e a possibilidade de captação de recursos. Já as principais ameaças identificadas foram a municipalização da Flona, o crescimento urbano e a ingerência política.

A oficina foi coordenada por Ofélia de Fátima Gil Willmersdorf, analista da Flona Ipanema, e contou com a participação de Robson Rodrigues, da Coman, e Anderson Nascimento, coordenador substituto da CR8. Depois de analisado pela coordenação do plano de manejo, o documento será enviado à sede do ICMBio para que os macroprocessos analisem e retornará para avaliação do Conselho Consultivo da Flona. Sendo aprovado, o plano é publicado no Diário Oficial da União. Segundo Miguel von Behr, chefe da Floresta Nacional de Lorena, as opiniões expostas pelos convidados e lorenenses os tornam parceiros do projeto.

"A presença dos segmentos representados na OPP legitima o processo participativo. Consequentemente, os munícipes se tornam aliados na implantação da UC. Certamente as atividades desenvolvidas na oficina contribuíram para que tenhamos uma visão estratégica da unidade e os objetivos da Floresta Nacional de Lorena sejam atingidos. A discussão durante a oficina contribuiu para a implantação da
Flona", afirma o analista.

Além dos servidores da Flona, a iniciativa contou com a presença do secretário Municipal de Meio Ambiente, Willinilton Tavares Portugal, representantes do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Grupo de Escoteiros Guaypacaré, Faculdade de Roseira, 5º Batalhão de Infantaria Leve de Lorena, Instituto Oikos de Agroecologia, professores de biologia e arquitetura da Faculdades Integradas Teresa D'Ávila,
Instituto de Estudos Valeparaibanos, voluntários do programa "O Despertar do Gigante" e agentes de saúde de Lorena, totalizando quase cinquenta pessoas.

Fonte: ICMBio em Foco, edição 240 - DCOM / ICMbio