if($formestructure): ?> endif;?> if($formestyle): ?> endif;?>
A Universidade do Estado de Mato Grosso, por meio do Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração - Dinâmicas do Pulso de Inundação no Sistema Ecológico e Socio-Cultural no Rio Paraguai no contexto da Reserva da Biosfera do Pantanal - PELD/DARP lança o encarte "Aves da Estação Ecológica de Taiamã - Pantanal de Matogrosso".
O material foi elaborado com o objetivo de divulgar junto a população local, a diversidade de espécies de aves no bioma Pantanal, bem como evidenciar o papel da Estação Ecológica de Taiamã em sua conservação.
Durante a 13ª Reunião da Conferência das Partes no Convenção sobre Zonas Úmidas de Importância Internacional, conhecida como Convenção de Ramsar, realizada em Dubai, Emirados Árabes, em outubro de 2018, foi aprovada a designação da Estação Ecológica (Esec) de Taiamã como área úmida de importância internacional, conhecido também como Sítio Ramsar. Com isso, a Esec passa a ser objeto de compromissos a serem cumpridos pelo país e, ao mesmo tempo, a ter acesso a benefícios decorrentes dessa condição. O título internacional contribui para que a Estação e entorno conquistem novas parcerias, acordos de cooperação, apoio às pesquisas e obtenção de financiamento a projetos de conservação.
Essa convenção é o único tratado ambiental global que trata de um ecossistema particular e os países membros da Convenção abrangem todas as regiões geográficas do planeta. O governo brasileiro depositou a Carta de Ratificação do instrumento multilateral em 1993 e foi incorporada plenamente ao arcabouço legal do Brasil em 1996, através do Decreto nº 1.905/96, no qual consta que o estado brasileiro deverá elaborar e executar os seus planos de modo a promover a pesquisa científica e a conservação das zonas úmidas. Estas regiões fornecem serviços ecológicos fundamentais para as espécies de fauna e flora e para o bem-estar de populações humanas.
A Estação Ecológica de Taiamã, unidade de conservação federal, localizada no Pantanal, é uma das maiores extensões úmidas do planeta, é o quarto sítio reconhecido neste bioma. A Estação possui altos níveis de biodiversidade (especialmente de peixes e aves), altas taxas de produtividade pesqueira e a ocorrência de populações de espécies vulneráveis ou ameaçadas de extinção. Cerca de 131 espécies de peixes foram identificadas para os rios que fazem fronteira com a unidade e arredores, o que representa 48,33% do total de espécies do bioma Pantanal.
A UC também é caracterizada pela grande abundância de aves, já foram identificadas 237 espécies, ou 51,18% do total de aves já descritas para o bioma Pantanal. Considerando o pequeno tamanho dessa área protegida (11.555 hectares), esses números se tornam significativos. Localizada no centro da maior área de concentração de onças-pintadas (Panthera onca) do Pantanal, a Estação desempenha um papel importante na conservação desse felino que é considerado quase ameaçado pela IUCN. Outras espécies de grandes mamíferos considerados vulneráveis também estão presentes na UC, como a ariranha (Pteronura brasiliensis) e o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus).
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
A restrição à pesca no entorno da Estação Ecológica de Taiamã foi aprovada pelo Conselho Estadual de Pesca do Estado de Mato Grosso. A norma foi publicada através da Resolução Cepesca 02/2018 no dia 5 de janeiro, e atende à demanda das instituições e usuários do entorno da Unidade de Conservação, administrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Segundo Daniel Kantek, chefe da Estação, a publicação da norma é um ótimo exemplo de como várias instituições e conselhos podem atuar juntos na tomada de decisão em relação à conservação da biodiversidade.
"Durante o processo de construção da normativa estiveram presentes todos os segmentos da sociedade que utilizam o entorno da Estação. A aprovação representa um grande ganho na proteção ambiental da região do Alto Rio Paraguai", ressalta o chefe da unidade. Kantek conta que desde abril de 2009 o entorno da UC, localizada no município de Cárceres, era protegido por uma norma elaborada pelo Conselho Consultivo da Estação e publicada pelo IBAMA (IN 09/2009), a qual proibia a pesca em uma grande região contígua à Estação. Porém, a norma perdeu validade devido à publicação do Plano de Manejo da Unidade em agosto de 2017. A região é notadamente reconhecida como uma área de criação e reprodução de organismos aquáticos.
A Estação Ecológica de Taiamã está situada em uma ilha do Rio Paraguai, e possui inúmeras lagoas, baías e riachos que servem de refúgio reprodutivo e de desenvolvimento para peixes e aves. Esta porção do Pantanal Norte, devido à sua riqueza e abundância ictiológica, é alvo da pesca amadora e profissional, atraindo todos os meses centenas de turistas de várias regiões do Brasil. Neste contexto, a Estação e entorno desempenham papel importante na manutenção dos estoques pesqueiros do Pantanal Norte, bacia do alto rio Paraguai, no município de Cáceres, importante polo de pesca amadora e profissional. Segundo o professor Claumir Cezar Muniz, pesquisador da Universidade do Estado de Mato Grosso, que atua na região há muitos anos, a Estação e seu entorno é um local considerado ótimo para várias espécies de peixe de valor comercial, já que há alimento e condições ambientais favoráveis.
Comunicação ICMBio
(61) 2028-9280
A Lei Nº 9.985/2000 que estabelece o Sistema Nacional de Unidades de Conservação define o Plano de Manejo como um documento técnico referente os objetivos gerais de uma Unidade de Conservação, de forma a estabelecer o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais.
A elaboração de Planos de Manejo não se resume apenas à produção do documento técnico de diagnóstico. O processo de planejamento, o qual foi participativo, é de extrema importância para a gestão da Unidade de Conservação, e através deste foi possível detectar alvos de conservação, compor de forma democrática a "visão de futuro" da Estação, o Zoneamento, dentre outros produtos.
Publicado no segundo semestre de 2017, O Plano de Manejo da Estação Ecológica de Taiamã está disponível no Link: Plano de Manejo da EE de Taiamã
Brasília (11/07/2017) – A Estação Ecológica Taiamã, no Mato Grosso, foi escolhida como área de estudo para a execução da Pesquisa Ecológica de Longa Duração (Peld), intitulada Dinâmicas Ecológicas na Planície de Inundação do Alto Rio Paraguai (Darp). É o único projeto desse tipo em andamento no bioma Pantanal.
O programa de pesquisa foi lançado na região durante o 1º Seminário sobre a Consolidação do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP), ocorrido no dia 6 de julho, na cidade de Cuiabá, capital matogrossense. O programa é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que, neste caso, conta com a Universidade do Estado de Mato Grosso ( Unemat) como entidade executora, numa uma iniciativa pioneira no país.
O programa, que mantém atualmente 32 sítios, tem como foco o estabelecimento de pesquisas permanentes em diversos biomas e ecossistemas brasileiros. Pelo fato de ser um dos poucos programas que financiam pesquisa de longo prazo no país, o Peld é de extrema relevância para a formação de recursos humanos e consolidação da pesquisa em ecologia em todo país.
Estudos socioambientais
A Estação Ecológica de Taiamã fica localizada na planície pantaneira e é diretamente afetada pelo regime de inundação do rio Paraguai. Além de pesquisas na área de ecologia, o projeto prevê a realização de estudos socioambientais e econômicos na região do local de estudo.
Segundo a coordenadora do projeto, a professora Carolina Joana da Silva, pesquisadora da Unemat, "a estação ecológica foi considerada ideal para a implantação do sítio Peld Pantanal devido à sua localização, características ambientais e ao elevado grau de conservação". As atividades vão durar quatro anos e devem começar em agosto.
De acordo com o chefe da Estação Ecológica de Taiamã, Daniel Kantek, este tipo de tipo de estudo de longo prazo pode responder a perguntas que as pesquisas de curta duração não conseguem. "Espera-se que muitas das informações geradas possam servir de base para futuras ações de gestão e manejo", disse ele.
A parceria em pesquisa entre Unemat e a estação ecológica vem de longa data, sendo que vários desses estudos são importantes para a gestão da unidade de conservação. Além disso existe um termo de cooperação entre estas instituições, de forma a facilitar as colaborações.
Além do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), gestor da unidade de conservação, a execução do Darp pela Unemat tem como parceiros a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), o Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP)/Câmpus Avançado do Museu Paraense Emílio Goeldi no Pantanal e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Este ano (2016), em uma parceria entre ICMBio e Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, ocorrerá o projeto "A pesca como instrumento de gestão do recurso pesqueiro no entorno de unidades de conservação: um estudo de caso na Esec de Taiamã, Cáceres-MT." O objetivo desta pesquisa é avaliar a qualidade e a quantidade de peixe que é retirada do entorno da Estação Ecológica de Taiamã pelos pescadores profissionais e esportivos, bem como caracterizar as espécies alvo a fim de fornecer subsídios para monitoramento e gestão do recurso pesqueiro. Espera-se que a geração destes dados na região da Estação Ecológica de Taiamã permita a definição de políticas públicas para os gestores da UC, além de significar importante avanço regional no entendimento do quantidade de peixes de valor comercial retirados anualmente no rio Paraguai.
A ano de 2015 foi muito produtivo para o processo de elaboração do de manejo da Estação Ecológica de Taiamã.
Ataques de Onça-Pintada a humanos no Pantanal Norte: Avaliação das causas e consequências à população silvestre e humana
A modificação do conselho consultivo foi publicado no Diário Oficial da União na segunda feira 15/04/2013.