Educação Ambiental

Projeto Doces Matas

O “Projeto Doces Matas” é desenvolvido conjuntamente pelo IBAMA, Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais (IEF), a ONG mineira Fundação Biodiversitas e a Agência Alemã de Cooperação Técnica – GTZ. Tem como objetivo, através da cooperação entre as instituições acima citadas, fortalecer três Unidades de Conservação de Minas Gerais, ou seja, o Parque Nacional do Caparaó (IBAMA), o Parque Estadual do Rio Doce (IEF) e a Reserva Particular do Patrimônio Natural Mato do Sossego (Hermann, 2000)

Vários são os componentes deste projeto, que tem atuação tanto no entorno do PARNA do Caparaó, como em seu interior. Inclui atividades relacionadas ao turismo, educação ambiental, capacitação de pessoal do Parque e de moradores do entorno para atividades ambientalmente sustentáveis.

Em educação ambiental, o projeto vem realizando diversas atividades com a comunidade e escolas do entorno, as principais sendo descritas a seguir.

O projeto elaborou e fez a distribuição nas escolas próximas ao Caparaó de calendário educativo-ambiental, o qual continha textos, ilustrações e atividades educativas que foram discutidas na sala de aula e com as famílias. A atividade teve como objetivos divulgar e coletar informações com as pessoas que moram perto dessas reservas ambientais. O projeto também realizou, em parceria com o Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais, e financiamento da U.S. Fish and Wildlife Service e Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, curso de capacitação em educação ambiental para professores de 1o e 2o graus da região (Biodiversitas, 2000). Mais recentemente, o projeto elaborou cartilhas de educação ambiental de distribuição gratuita, para serem utilizadas por professores e alunos da região (Soares et al., 2000a; 2000b).

Além destas, têm ocorrido outras atividades de educação ambiental no entorno, como aspectos educacionais e conservacionistas relativos às espécies medicinais da Mata Atlântica, diagnóstico participativo rural com proprietários do entorno etc.

Vários cursos, que abordam aspectos diversificados, têm sido realizados de acordo com a demanda da população local. Recentemente, houve a realização de um curso de artesanato em bambu em Alto Caparaó, que contou com a participação de cerca quinze pessoas dos municípios do entorno. Outros cursos também procuram capacitar para atividades menos impactantes, como o curso de adubação verde, curso de práticas agroecológicas e curso de plantas medicinais. Com aspecto diferente, o “Curso Associativo” foi organizado com a intenção de fomentar a criação de cooperativas e associações dos moradores. De maneira semelhante o “curso de elaboração de projetos” organizado para pessoas da comunidade e das próprias instituições fomentadoras, foi organizado com o intuito de possibilitar a captação de recursos.

Projeto Comunidade Aprendizagem

Projeto desenvolvido pelo Colégio Técnico da Universidade Federal de Minas Gerais com apoio da Fundação Kellog’s. Inicialmente, o projeto atuou na área de saúde pública, fazendo um levantamento dos principais problemas em alguns municípios do entorno do Parque, além de atividades educativas para procurar revertê-los.

Atualmente, o projeto está engajado no resgate do histórico da ocupação e do “desenvolvimento” da região. Em relação a isso, tem procurado criar um circuito histórico, envolvendo os municípios de Alto Caparaó e Caparaó e incluindo, por exemplo, o estabelecimento de “Casas de Cultura”, uma das quais abrigada na antiga estação de trem desativada de Caparaó, a qual deverá ser restaurada.

Consórcio Capixaba dos Municípios Vizinhos ao Parque

O Consórcio Intermunicipal, formado por cidades da vertente capixaba do Parque, inclui 11 municípios, alguns dos quais não fazem parte dos limites diretos do Parque. Sua formação teve como objetivo incentivar o turismo e as atividades a ele associadas, além da educação ambiental na região.

Dentre as diversas atividades desenvolvidas pelo Consórcio, um evento importante foi a realização da “Feira de Desenvolvimento Sustentável”, a qual teve como objetivo divulgar as potencialidades dos setores de artesanato, alimentação, bem como os atrativos dos diversos municípios. Além deste, outra iniciativa importante foi a formação de cerca 280 agentes multiplicadores de Educação Ambiental, a maior parte dos quais professores, além de alguns voluntários. Todos os anos, estes agentes realizam um encontro, com o objetivo de apresentar as atividades realizadas por cada participante.

Outras Atividades dos Municípios do Entorno

Os municípios do entorno da porção mineira do Parque também têm procurado incentivar o turismo, especialmente aqueles de Alto Caparaó, Carangola e Manhuaçu. Como exemplo, temos a realização em 16 de julho de 2000 do “Fórum de Turismo e Desenvolvimento Econômico para a criação do Circuito da Serra do Caparaó”, que teve como objetivo informar a comunidade local e suas lideranças para a expansão do turismo nestes municípios, em bases sustentáveis (O Caparaó, 2000).