Pesquisa científica

 Segundo ROCHA et al. (2003), as restingas costeiras são as áreas com menor acúmulo de informações científicas sobre sua biodiversidade, bem como sobre seu grau de conservação. Apesar disso, a Restinga de Jurubatiba é uma das únicas sobre as quais se tem informações científicas. No entanto, a maior parte desses conhecimentos ainda trata dos aspectos de geomorfologia, de vegetação e de limnologia. O conhecimento da fauna é mais recente e, no Parque, intensificou-se com o início do PELD (Pesquisas Ecológicas de Longa Duração).

O Parque tornou-se, nos últimos anos, uma das mais bem estudadas porções do litoral brasileiro, com a atuação de instituições e centros de pesquisa, como o Núcleo de Pesquisas Ecológicas e Sócio-Ambientais de Macaé (NUPEM/UFRJ) e a Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF).

Na Região Norte Fluminense, as pesquisas em ecologia iniciaram-se na década de 80, pelo Laboratório de Limnologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (SANTOS e BOZELLI,2003). Em 1992, iniciaram-se estudos sistematizados nas lagoas costeiras e na restinga. A partir de 1994, ano de criação do NUPEM, o número de pesquisas científicas nas áreas de restinga aumentou significativamente.

As pesquisas e os estudos sistematizados nas restingas do norte fluminense contribuíram para demonstrar a importância da criação do Parque para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável na região onde se insere. Além disso, as pesquisas realizadas nas lagoas costeiras do norte fluminense foram de grande importância para viabilizar a proposta de transformação do Parque em um dos sites brasileiros de pesquisa de longa duração (ESTEVES, 1998).

As pesquisas ecológicas de longa duração e de larga escala aumentam o poder explanatório e preditivo da ecologia e podem gerar soluções para problemas práticos de conservação (SCARANO & ESTEVES, 2004), comuns em uma Unidade de Conservação.

As principais instituições de pesquisa atuantes no Parque são sete, sendo que cinco estão localizadas no Rio de Janeiro e duas em São Paulo, a saber:

 

  • Universidade Federal Fluminense (UFF);

  • Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF);

  • Universidade do Rio de Janeiro (UERJ);

  • Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);

  • Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro;

  • Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP);

  • Instituto Federal Fluminense (IFF)

  • Universidade de São Paulo (USP).

 

Atualmente o Parque está buscando estabelecer convênios ou Termos de Cooperação Técnica com as instituições de pesquisa, para a execução de atividades de pesquisa e monitoramento em parceria.

As pesquisas científicas seguem a legislação pertinente que regulamenta esta atividade, sendo autorizadas via SISBIO.