Pinguins encalhados são devolvidos à natureza no entorno da Esec de Tamoios e APA de Cairuçu, no Sul Fluminense

Soltura-pinguins-de-magalhaes 12 9 2020- TalithaPires-NGI-ICMBio Paraty 7Em condições perfeitas de clima e maré, 16 pinguins de Magalhães (Spheniscus magellanicus) retornaram para a natureza no entorno da Estação Ecológica de Tamoios e da Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, na Baía da Ilha Grande.
A equipe do NGI ICMBIo Paraty Realizou a soltura juntamente com o Programa De Monitoramento de Praias da Petrobras - PMP e apoio da Eletronuclear.
Os animais estavam sendo tratados no Centro de Reabilitação e Despetrolização de animais marinhos em Angra dos Reis, desde o final de junho, quando os primeiros começaram a chegar na região sul Fluminense.
Os encalhes ocorreram em Paraty, Angra dos Reis, Mangaratiba, Itaguaí e Rio de Janeiro ao longo de junho e julho, e 29 pinguins foram resgatados pelo PMP.
Os pinguins de magalhaes que encalham nas praias dessa região são juvenis que chegam na costa por serem excedentes na população. "É um movimento de dispersão natural, que acompanha as correntes no inverno", comentou o analista ambiental do NGI ICMBio Paraty, Regis Lima.
Passado o tratamento especial de pelo menos dois meses, os animais estão completamente recuperados e aptos para soltura. Todos chegaram magros e hipotérmicos, alguns muito debilitados.
O Programa De Monitoramento de Praias da Petrobras - PMP faz parte das condicionantes do processo de licenciamento do Pré-sal na Bacia de Santos e é responsável por fazer o monitoramento e resgate dos animais encontrados nas praias. Após o resgate, eles são encaminhamos para o centro de reabilitação e lá são tratados até terem condições de serem soltos na natureza novamente. Nos momentos de soltura, o ICMBio contribui com o apoio técnico e logístico.

Soltura-pinguins-de-magalhaes 12 9 2020- TalithaPires-NGI-ICMBio Paraty 3Para realizar a soltura desses 16 pinguins, a equipe avançou 10 milhas náuticas da costa na Baía da Ilha grande, se aproximando da faixa de mar aberto.
"A soltura foi considerada um sucesso, os animais estavam bem, mergulhando, se comunicando e dando sinais que estavam prontos. Agora a missão deles é encontrar a corrente do Brasil, que deve levá-los em direção ao Sul do continente", concluiu o chefe do Núcleo de Gestão integrada ICMBio Paraty, Mário Douglas Fortini de Oliveira.

Talitha Pires
Analista ambiental do NGI ICMBio Paraty
Fotos Talitha Pires - NGI ICMBio Paraty