Fauna

O levantamento faunístico do Parque Nacional de Ubajara incluiu os grupos Insecta (Ordens Lepidoptera, Coleoptera, Diptera, Hymenoptera, Hemiptera e Homoptera) e vertebrados das Classes Amphibia, Reptilia, Aves e Mammalia. Quanto aos grupos Crustacea (Classe Malacostraca: Ordem Decapoda), Arachnida (Araneae, Opiliones, Amblypygi e Acari) e Mollusca (Ordem Gastropoda: Subclasse Pulmonata) foram realizados apenas levantamentos preliminares, devido ao pequeno número de coletas.

 O único levantamento oficial existente sobre a fauna do PNU foi realizado na época da elaboração do seu Plano de Manejo, publicado em 1981, no qual os pesquisadores consideram a fauna desta Unidade de Conservação pobre em diversidade. No entanto, apenas um estudo faunístico foi realizado de fato, constituindo-se em uma amostra da população de um morcego da espécie Furipterus horrens. No mais, foram feitas apenas observações de campo durante a execução deste Plano de Manejo. Estas resultaram ainda em listas preliminares, consideravelmente superficiais, reunindo 57 espécies de aves, 17 gêneros de mamíferos e menos de 10 espécies de répteis, anfíbios e invertebrados ( IBDF, 1981).

A Chapada da Ibiapaba, onde está localizado o Parque Nacional de Ubajara, apresenta particularidades morfoclimáticas: remanescentes de Mata Atlântica (Workshop Mata Atlântica do Nordeste, 1993) em forma de uma ilha de umidade e condições climáticas bem mais amenas do que as encontradas nos ambientes semi-áridos situados ao seu redor. As chuvas orográficas, típicas desta região, e principalmente a altitude do relevo propiciam a ocorrência destas condições, assim como a existência da vegetação do tipo florestal presente.

Assim, no PNU, encontra-se animais perfeitamente adaptados à mata-úmida (fauna umbrófila), vegetação de transição e as Caatingas (fauna xerófila).

Com base nos resultados do atual levantamento e considerando o tamanho desta Unidade de Conservação, a fauna do Parque Nacional de Ubajara tem se mostrado muito rica em diversidade de maneira geral, ao contrário dos resultados obtidos no primeiro plano de manejo. Até o momento foram identificadas:

  • Sete ordens de mamíferos; 19 famílias; 38 gêneros; e 41 espécies.
  • Cinco famílias de serpentes; 15 gêneros; e 17 espécies,
  • Oito famílias de lagartos; 14 gêneros; e 16 espécies,
  • Uma família de anfisbenídeo; 03 gêneros; 03 espécies,
  • Duas ordens de anfíbios; 05 famílias; 10 gêneros; e 16 espécies,
  • Cinco ordens de insetos; 14 famílias;
  • Cinco grupos extras com 10 famílias e 10 gêneros de opiliões, amblipígeos, ácaros, caramujos e carangueijo.
  • 33 famílias de aves, com 127 espécies.

O Parque apresenta, sem dúvida, uma excelente diversidade da fauna em proporção à sua área territorial. Porém, é relativamente pobre nos registros de endemismos, considerando os trabalhos realizados até o momento. Na herpetofauna, um registro regional: o microteídeo (lagarto semi-fossorial) Colobosauroides cearensis. Esta espécie é endêmica do Estado do Ceará e no Parque mostrou-se bastante abundante.

O relevo existente no Parque possibilita uma sucessão faunística, podendo-se distinguir em relação ao tipo de ambiente encontrado, uma fauna umbrófila típica e outra fauna xerófila distribuídas em variados microhabitats. Para os grupos de animais pequenos, caso dos anfíbios e parte dos lagartos, o relevo da região é, provavelmente, suficiente para separar as populações em sub-grupos. Este fator é confirmado com base nas seguintes observações:

  • A espécie de lagarto Colobosauroides cearensis é essencialmente terrestre, de hábito semi-fossorial, que fica quase sempre embaixo da serapilheira. Conforme a análise das amostras das armadilhas pitfall (Figuras 5.3-1, 5.3-2 e 5.3-3), aparentemente existe uma população proporcional muito maior na Área 1-B do que em outras áreas do Parque, inclusive o Horto.
  • O lagarto Tropidurus semitaeniatus não aparece nas amostras da Área 1-A (Figura 5.9), Área 2 (Figura 5.8) e boa parte da Área 3 (Figuras 5.11 e 5.12) localizadas na parte superior, pelo menos durante os períodos de coleta. Entretanto, a espécie pode existir nestas áreas, mesmo com a ausência nas amostras. Existe uma população "preferencial" na Área 1-B, local onde são facilmente observados sobre os lajedos próximos as formações rochosas. Constitui, provavelmente, uma população separada da que existe na área superior.
  • Uma situação oposta ocorre com a espécie Coleodactylus meridionalis, um pequeno geckonídeo, que aparentemente prefere a região superior do Parque por apresentar a mata-úmida, onde foram registrados altos indíces proporcionais nas amostras (Figura 5.9). Entretanto, esta espécie também foi registrada nos dados da Área 1-B (Figura 5.10), em proporção muito inferior.
  • Exemplares do lagarto arbóreo Anolis fuscoauratus, espécie considerada essencialmente umbrófila não foram coletados e/ou observados além de uma certa altura da trilha na vertente, e possivelmente não devem habitar os ambientes de intersecção mais baixos (correspondente aproximadamente ao 1/3 inferior da trilha), bem como as áreas de Mata Seca.
  • A mesma observação é válida para o anfíbio Eleutherodactylus sp. que é muito comum na mata-umida da Área 1-A e não foi observado ou coletado em locais da Área 1-B.
  • A jararaca (Bothrops gr. atrox), uma serpente peçonhenta da Família Viperidae, é outro exemplo que vem corroborar esta observação, uma vez que é facilmente encontrada na região superior, Área 1-A e 2, e não foi coletada e nem observada na parte inferior. Já para esta região, correspondendo a Área 1-C e 3-E, foi mencionada a ocorrência de um congênere, a cascavel (Crotalus durissus), espécie igualmente peçonhenta, mas reconhecida como xerófila (Vanzolini et al., 1980).

Interessante notar que as espécies Anolis fuscoauratus, Coleodactylus meridionalis, Colobosauroides cearensis, Colobosaura modesta, Enyalius b. bibronii, Mabuya nigro punctata, Ophiodes striatus, Apostolepis quinquelineata, Bothrops gr. atrox, Drymoluber dichrous, Liophis reginae e Eleutherodactylus sp. são todas elas umbrófilas do PNU e que estão presentes nos limites internos, principalmente na Área 1-A. O conjunto dessas espécies serve como bioindicador para o ambiente de mata-úmida.

A mastofauna encontrada no Parque inclui animais que habitam diversos extratos em relação ao solo. Existem animais como os marsupiais que habitam os galhos mais baixos no interior da Mata Úmida, podendo eventualmente andar no chão; e o tamanduá-mirim e o tatu-peba, que ocupam galhos mais baixos e tocas no chão, respectivamente. Outros caminham sobre o solo como os felídeos, procionídeos, cervídeos e alguns roedores, como a cotia e o mocó. E finalmente os primatas (sagüi e macaco-prego) são estritamente arborícolas.

Em relação aos três ambientes, verifica-se que na área de Mata Úmida (Área 1-A; Área 2) são encontrados marsupiais, roedores (dasiproctídeos, murídeos e equimídeos), procionídeos, felídeos, primatas, dasipodídeos e quirópteros. Na Área de Transição (Área 1-B; Área 1-C) são encontrados primatas, roedores ("mocó") e quirópteros. Na Caatinga (Área 1-C) observou-se a presença de roedores ("mocó") e de porcos domésticos, um exemplo de espécie exótica que freqüenta o Parque. A grande diversidade de fauna encontrada na área de Mata Úmida já era esperada tendo em vista a maior disponibilidade e diversidade de alimentos, o que não ocorre nas outras áreas do PNU, limitando assim a diversidade de mamíferos.

De acordo com informações de antigos moradores, é possível que existam mais espécies de felídeos no Parque, como o gato-maracajá-peludo (Leopardus wiedii) e o jaguarundi ou gato-mourisco (Herpailurus yagouaroundi). Todavia, até o momento, não há comprovação científica da existência destas espécies no PNU.

Mares et al. (1981) realizaram um estudo sobre as espécies de mamíferos do nordeste brasileiro, e encontraram para esta região 7 ordens, 21 famílias, 56 gêneros e 74 espécies. Para a Região da Ibiapaba, citam as seguintes espécies não relacionadas no atual levantamento: Chiroderma doriae e Oligoryzomys sp. Citam também a ocorrência de Alouatta belzebul ululata (macaco-guariba), espécie também indicada para a área de influência do Parque, no presente estudo, mas cuja ocorrência dentro da UC ainda não foi registrada nem comprovada cientificamente.

Foram observados bandos de Cebus apella e Callithix jacchus em um número razoável de vezes. Os animais podiam ser observados circulando pela mata quase diariamente.

Um bando de Callithrix freqüenta o Horto e pode ser visto em atividade pela manhã. Os macacos-prego puderam ser observados alimentando-se várias vezes de frutos dentro do PNU, não sendo encontrados na área do Horto. Sabe-se que estes animais podem saltar entre copas relativamente distantes e correr curtas distâncias pelo chão, o que contribui para o fluxo gênico dos grupos entre a área do Parque e do entorno, como foi observado na área da Murimbeca (Área 3-B). Isto reforça a importância de se evitar a existência de ilhas de matas, pois estes animais assim não conseguiriam transitar do Parque para outras áreas e vice-versa sem o auxílio da vegetação. Não foram observados primatas na área da caatinga, contudo foram observados macacos-pregos no paredão rochoso do morro do Morcego Branco, área de transição (Área 1-B e 1-C).

A dispersão de sementes, tão amplamente associada a aves e morcegos, pode ser atribuída também à atividade de alguns primatas. Alonso & Langguth (1989) reportam a dispersão de Cecropia sp. por Callithrix jacchus, o que pode ser esperado também para os animais presentes no PNU, visto que nesta área sementes desta espécie vegetal foram encontradas nas fezes de várias espécies de morcegos. Também sementes de outros frutos não ingeridas podem ser dispersas por primatas, através do comportamento de coletar o fruto e levá-lo para outro lugar para comê-lo, ou ainda somente pelo ato de transportá-los, sem que este tenha sido utilizado na alimentação. Foi observada a utilização do fruto de "escova-de-macaco" por indivíduos de Cebus apella em várias oportunidades. Não puderam ser documentadas as atividades de forrageamento, catação ou interações sociais observadas durante o estudo no campo. Neste período, somente em uma ocasião observou-se a presença de filhotes.

A quiropterofauna do PNU está bem representada: observa-se uma variedade de espécies de morcegos de hábito frugívoro (que colaboram com a manutenção da cobertura vegetal), bem como a presença de insetívoros (observados logo ao entardecer), onívoros e hematófagos. Os estudos realizados na região por Thomas (1910) relatam a ocorrência de apenas três espécies de morcegos para a região da Serra da Ibiapaba: Carollia perspicillata, Artibeus lituratus e Plathyrrinus lineatus. Com relação ao primeiro plano de manejo observou-se um aumento significativo do número de espécies, que passou de 01 para 14. Este aumento já era esperado e vem indicar que existem abrigos e recursos alimentares suficientes para estas populações e não há pertubação intensa na área, com exceção na Gruta de Ubajara, devido ao turismo.

Neste estudo verificou-se ainda que a espécie Carollia perspicillata, morcego frugívoro, apresenta-se como destaque, devido à imensa colônia habitando tanto a Gruta de Ubajara como outras grutas da região. Isto não confirma a informação contida no primeiro plano, onde a espécie Furipterus horrens foi citada como destaque para a Gruta de Ubajara.

Entre as 14 espécies de quirópteros encontradas, oito são consideradas importantes para a manutenção da cobertura vegetal. Isto torna-se um fator de grande relevância, visto que estes morcegos são correntemente considerados como responsáveis pela recuperação da cobertura vegetal em áreas degradadas devido ao hábito alimentar frugívoro.

Em relação à fauna de morcegos exclusivamente insetívoros foram coletados exemplares pertencentes às Famílias Molossidae e Furipteridae. A ausência de representantes de outras familias de insetívoros pode ser explicada pelo fato de serem animais de vôo muito alto, por vezes acima do dossel, não sendo facilmente coletados.

A segunda espécie mais coletada foi o morcego hematófago Desmodus rotundus, cujos indivíduos estão provavelmente se alimentando tanto de animais silvestres do interior do Parque quanto da região periférica. Isto pode constituir um dado importante, tendo em vista que a grande concentração desses animais poderia causar problemas graves caso surgisse em uma das populações, interna ou externa do Parque, algum morcego contaminado com o vírus rábico.
Com relação à fauna de pequenos mamíferos (roedores e marsupiais), alguns pontos podem ser destacados. Das quatro espécies de marsupiais coletadas, somente Didelphis albiventris foi citada no primeiro plano de manejo. No trabalho de Mares et al. (1981), além desta, foi citada também a espécie Monodelphis domestica. Estas duas referências demonstram claramente a necessidade de se realizar novos levantamentos, mais aprofundados, sobre a diversidade de marsupiais nesta região.

Verificou-se um aumento substancial da diversidade de roedores presentes no Parque. Além das duas formas citadas no primeiro plano (Kerodon rupestris e Dasyprocta agouti), foram coletados representantes de outros 4 gêneros, incluindo uma espécie êndemica da Caatinga (Thrichomys apereoides) e uma espécie exótica associada à ocupação humana na periferia do Parque (Mus musculus).

O mocó (Kerodon rupestris) e o rabudo (Trichomys apereoides) constituem casos de endemismo regional, tratando-se de espécies típicas de Caatinga. É possível que novos casos de endemismo para mamíferos, principalmente nos roedores, possam surgir com a continuidade dos estudos.

A região apresenta mamíferos ameaçados de extinção como o tamanduá-de-colete ou mirim (Tamandua tetradactyla), a sussuarana (Puma concolor) e o gato-maracajá (Leopardus tigrinus). Esta última espécie encontra-se na lista da IUCN desde 1988 e é citada também no livro vermelho das espécies de mamíferos brasileiros ameaçados de extinção. A espécie Puma concolor encontra-se listada apenas no livro vermelho.

 O total de espécies de aves registradas até o momento no PNU, ou seja, 127 espécies, corresponde a 36% do total de aves listado para a caatinga (Pacheco & Bauer, 2000), das quais 5 são endêmicas da caatinga nordestina (40% do total de endemismos registrados para o bioma): o periquito-da-caatinga (Aratinga cactorum), o pica-pau-anão-pintalgado (Picumnus pygmaeus), o arapaçu-do-Nordeste (Xiphocolaptes falcirostris), o golinha (Sporophila albogularis) e o galo-de-campina (Paroaria dominicana); 14 formas do Nordeste (42% do total para a região): a codorna-comum (Nothura maculosa), o gavião-carijó (Rupornis magnirostris), a avoante (Zenaida auriculata), a rolinha-branca (Columbina picui), a juriti (Leptotila verreauxi), o tuim (Forpus xanthopterygius), a alma-de-gato (Piaya cayana), o choró-boi (Taraba major), o formigueiro-de-barriga-preta (Formicivora melanogaster), o arapaçuverde (Sittasomus griseicapillus), o suiriri-cinzento (Suiriri suiriri), o azulão (Passerina brissonii), o sofrê (Icterus jamacai) e a graúna (Gnorimopsar chopi); e 01 espécie disjunta, também ocorrente no Nordeste da Venezuela, o pintassilgo-do-Nordeste (Carduelis yarrelli).

Entre as espécies de aves ameaçadas de extinção, foram encontradas a maria-do-Nordeste (Hemitriccus mirandae), nas categorias vulnerável e rara, devido a sua distribuição fragmentada (Collar et al., 1992) e o pintassilgo-do-Nordeste (Carduelis yarrelli), com status vulnerável em razão da reduzida área de distribuição, sendo uma espécie sob forte pressão de captura para comércio ilegal (Sick, 1997).

Foram registradas 18 espécies migratórias ou supostamente migratórias, como a avoante (zenaida auriculata), espécie migratória do Nordeste (Azevedo & Antas, 1990) e que se encontra sob forte pressão de caça clandestina, a pomba-de-espelho (Claravis pretiosa), o sertanejo (Sublegatus modestus), o enferrujado (Lathrotriccus euleri), a maria-pretade-garganta-vermelha (Knipolegus nigerrimus), a qual possivelmente realiza migração altitudinal na chapada da Ibiapaba, o bentivi-do-gado (Machetornis rixosus), o bentivi (Pitangus sulfuratus), o bentivi-de-bico-chato (Magarynchus pitangua), o bentivizinho-de-penachovermelho (Myiosetetes similis), o bentivi-rajado (Myiodinastes maculatus), a peitica (Empindonomus varius), o suiriri (Tyrannus melancholicus), a andorinha-doméstica-grande (Progne chalybea), o sabiá-poca (Turdus amaurochalinus) o bigodeiro (Sporophila lineola), o papa-capim (Sporphila nigricollis), o golinha (Sporophila albogularis) e o pintassilgo-do-Nordeste (Carduelis yarrelli). No Anexo 5.3-3 pode-se verificar a relação das espécies coletadas e/ou observadas no PNU e Horto Florestal, agrupadas por famílias.

As coletas e observações de artrópodos, moluscos e crustáceos foram feitas de forma preliminar, sendo diurnas e noturnas, manuais ou com ajuda de armadilhas. Grande parte deste material científico foi identificado pelos respectivos técnicos da equipe, além da eficiente colaboração dos consultores. No levantamento de insetos, além de inspeção direta no campo, foram utilizadas armadilhas d'água, de solo e do tipo McPhail, sendo as identificações realizadas no Laboratório de Entomologia Agrícola do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará. Até o presente foram identificadas nove espécies, além de seis gêneros de insetos. O restante do material coletado encontra-se em fase de identificação, já tendo sido realizada a classificação por família. Embora preliminar, este é o primeiro levantamento entomológico realizado no Parque Nacional de Ubajara. Estes estudos necessitam de continuidade, visto tratar-se de um grupo abundante no PNU.

Foram registradas ainda 04 gêneros de aranha: Poecilaemula sp., Cynortellana sp., Geaya sp. e Parapachyloides sp.; 01 amblipígeo: Heterophrynus longicomis; e 01 ácaro da família Macrochelidae. Algumas espécies de escorpiões foram observadas, mas ainda não identificadas.

No tocante a moluscos e crustáceos, foram coletadas e identificadas 04 espécies de caramujo: Orthalicus proptotypus, Bulimulus durus, Solaropsis sp. e Streptaxis intermedius; e uma espécie de carangueijo, identificada como pertencente ao gênero Trichodactylus. Muito interessante a ocorrência deste crustáceo, o qual é encontrado em algumas áreas alagadas do Parque, em altitudes intermediárias, correspondentes à zona de transição entre a mata úmida e a mata seca, mormente pelo fato da unidade estar distante cerca de 150 km do litoral.