Mamíferos - Dasypus novemcintus - tatu galinha
Avaliação do Risco de Extinção de DASYPUS NOVEMCINCTUS LINNAEUS, 1758 no Brasil
Kena Ferrari Moreira da Silva1, Jociel Ferreira Costa2, Teresa Cristina da Silveira Anacleto3, Thiago Philipe de Camargo e Timo4
2Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão - IFMA. <jocielfcosta@yahoo.com.br>
3Laboratório de Mamíferos, Departamento de Biologia, Universidade do Estado de Mato Grosso – UNEMAT. <teresacristina@unemat.br>
4Pesquisador Associado à Universidade Federal de São Carlos - UFSCAR. <thiago.timo@gmail.com>
![]() |
Ordem: Cingulata
Família: Dasypodidae
Nomes comuns por região/língua:
Português – tatu-galinha, tatuetê, tatu-folha, tatu-nove-bandas, tatu-veado, tatu-verdadeiro (Superina & Aguiar 2006).
Inglês – nine banded armadillo; common long nosed armadillo (Superina & Aguia 2006).
Outros – mulita grande (espanhol), tatú, cachicamo (espanhol), tatú-mula (espanhol); tatou à neuf bandes (francês) (Superina & Aguiar 2006).
Sinonímia/s: Não houve mudanças.
Notas taxonômicas:
Não há problemas relevantes para a validade da espécie e não existem revisões taxonômicas em curso.
Categoria e critério para a avaliação da espécie no Brasil: Menos Preocupante (LC).
Justificativa:
Dasypus novemcinctus é comum e possui ampla distribuição, é relativamente tolerante a alterações ambientais e as ameaças detectadas não comprometem a população como um todo, sendo, portanto categorizada como Menos Preocupante (LC).
Histórico das avaliações nacionais anteriores:
Táxon não consta na última avalição nacional.
Avaliações em outras escalas:
Avaliação Global (IUCN): Menos Preocupante (LC) (Abba & Superina 2010).
Avaliação Estadual: São Paulo - Pouco Preocupante (LC) (SMA 2009).
Descrição geral do táxon
Dasypus novemcinctus é a segunda maior espécie do gênero (a maior é D. kappleri). A cabeça é alongada, com escudo cefálico que se estende quase até a extremidade do focinho longo e pontudo. A carapaça é de coloração pardo-escura, com escudos amarelados de intensidade variável principalmente nas cintas móveis (Parera citado em Medri et al. 2011, p. 78). Possui geralmente nove cintas móveis, entretanto este número pode variar de 8 a 11 cintas móveis. Possui como diferença com relação a outras espécies de Dasypus, um maior número de placas osteodérmicas na quarta cinta móvel (Wetzel 1985). A cauda tem de 12 a 15 anéis de escudos dérmicos que decrescem em tamanho rumo à porção distal, onde os escudos estão distribuídos de maneira irregular. Tem quatro dedos em cada membro anterior e cinco no posterior (Mcbee & Baker 1982). Os indivíduos jovens de D. novemcinctus geralmente são confundidos com adultos de D. septemcinctus. O número de cromossomos é 2n=64 e o tamanho do genoma de 5.291 Mpb (Redi et al. 2005). São reconhecidas seis subespécies por Gardner (2005), sendo que quatro delas ocorrem na América do Sul (Gardner 2007). A subespécie Dasypus novemcinctus mexianae é endêmica ao delta do Rio Amazonas, Pará, Brasil (Abba & Superina 2010).
História de vida
Biologia: É a mais bem conhecida espécie de tatu quanto a sua biologia, embora quase a totalidade dos trabalhos com esta espécie seja na porção extremo norte de sua distribuição (Estados Unidos). Os adultos de D. novemcinctus têm hábito crepuscular e/ou noturno, mas também podem ser observados durante o dia dependendo da temperatura ambiente. Os juvenis têm seu máximo de atividade durante a manhã e no final das tarde (MacDonough & Loughry citado em Medriet al. 2011, p. 78). Esta espécie alimenta-se principalmente de invertebrados (Breece & Dusi 1985, Anacleto 2007, Cuéllar 2008), mas pode consumir material vegetal, pequenos vertebrados, ovos e carniça (Kalmbach citado em McBee & Baker 1985, p. 4). Esta espécie também possui variação sazonal em sua dieta em sua distribuição norte (Fitch et al. citado em McBee & Baker 1985, p. 4, Sikes et al. 1990). Esta espécie pode nadar (Parera citado em Medri et al. 2011, p. 78).
Massa de adultos |
|
Fêmea | Entre 3,2 e 4,1kg (Eisenberg & Redford 1999). Pode chegar a 7,7kg (Mcbee & Baker 1982). |
Macho | |
Comprimento total |
|
Fêmea | Varia de 39,5 a 57,3cm (Eisenberg & Redford 1999). |
Macho | |
Comprimento cauda (cm) | |
Fêmea | Varia de 29,0 a 45,0cm (Eisenberg & Redford 1999). |
Macho | |
Altura da orelha | |
Fêmea | De 40% a 50% do comprimento da cabeça (McBee & Baker 1982). |
Macho | |
Razão sexual | Não há informações para o Brasil. |
Sistema de acasalamento | Durante o período de acasalamento o macho segue a fêmea e ambos forrageiam juntos por vários dias. |
Intervalo entre nascimentos | Não há informações para o Brasil. |
Tempo médio e intervalo de gestação | O período de gestação é de 120 dias (Nowak 1999) ou 70 dias conforme Eisenberg & Redford (1999). Gestação de 140 dias incluindo diapausa (Abba & Superina 2010). |
Número de filhotes por gestação | Geralmente nascem quatro filhotes de 30 a 50g cada do mesmo sexo e provenientes de um mesmo óvulo fecundado (poliembrionia monozigótica) (Nowak 1999). O desmame ocorre depois de quatro a cinco meses (Nowak 1999). |
Idade de maturação dos indivíduos | |
Fêmea | Aos 18 meses de idade (Nowak 1999). |
Macho | Aos 12 meses de idade (Nowak 1999). |
Longevidade | Segundo Abba & Superina (2010), pode viver em torno de 8 a 12 anos. Uma fêmea de Dasypus novemcinctus em cativeiro viveu por mais de 22 anos (Mcphee citado em McDonough 1994, p. 196). Um antigo registro em cativeiro indicou que esta espécie foi capaz de viver por 22,3 anos (Ernest 2003 citado em AnAge), embora Weigl, (2005 citado em AnAge) informa que a longevidade em cativeiro seja de apenas 14,8 anos. |
Tempo geracional | Segundo Abba & Superina (2010), é estimado em torno de 5 anos. |
Sazonalidade reprodutiva | Não há informações para o Brasil. |
Enfermidades: doenças e parasitas encontradas para o táxon | |
Os carrapatos documentados para esta espécie são as espécies Amblyomma concolor, A. pseudo concolor, A. parvum (Argentina, Guglielmone & Nava citado em Smith 2007, p. 15); A. auricularuim (Goiás, Brasil, Szabó et al. 2007). Antunes et al. (2006) registrou pela primeira vez a pulga Tunga terasma parasitando Dasypus novemcinctus para o estado do Espírito Santo, Brasil. A espécie também é conhecida como portadora do protozoário Trypanosoma cruzi, o responsável pela doença de Chagas. É suscetível à infecção pelo Schistosoma haematobium, mas não desenvolve sintomas e os ovos e parasitas não atingem o sistema urogenital. Foram documentados diversos helmintos para esta espécie (Ascaropssp., Aspidodera fasciata, Brachylaemus virginianus, Hamanniella sp., Mazzia mazzia, Oncicola canis, Oochoristica sp., Physocephalus). |
Esta espécie tem a maior distribuição geográfica dentre todas as espécies de Xenarthra. Ocorre desde o sul dos Estados Unidos atravessando a América Central indo até o noroeste da Argentina e Uruguai (McBee & Baker 1982, Wetzel 1985). Ocorre ao longo de todo o território brasileiro, em todos os biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica, Pantanal, Pampa e Cerrado (Fonseca et al. 1996, Paglia et al. 2012).
É o táxon relativamente fácil de ser registrado, principalmente através de armadilhas fotográficas, provavelmente devido a suas maiores densidades e hábitos.
Extensão de ocorrência: 8.060.677km2(valor calculado para a Oficina de Avaliação do Estado de Conservação de Xenarthra Brasileiros).Área de ocupação: Não se sabe, entretanto é maior que 2.000km2
A tendência populacional é desconhecida. Suspeita-se que exista aporte de indivíduos de fora do Brasil, entretanto não há informações sobre a contribuição relativa de populações estrangeiras para a manutenção das populações nacionais.
A espécie não é restrita a hábitats primários, podendo ser encontrada em ambientes degradados de floresta tropical e subtropical, terra arável, pastagens, jardins rurais, áreas urbanas e plantações (Abba & Superina 2010).
Existem informações sobre a área de uso do táxon somente de indivíduos nos Estados Unidos, onde esta espécie teve uma área de vida de 20,3ha no estado da Louisiana (Fitch et al. citado em Mcbee & Baker 1982, p. 5). Na Flórida, os valores estimados de área de vida variaram de 1,1ha a 13,8ha com sobreposição destas áreas (Layne& Glover 1977). Não há informações de área de vida desta espécie para o Brasil.
Atropelamentos rodoviários são uma das principais causas de mortes não naturais desta espécie nos Estados Unidos (Loughry & McDonough 1996, Fischer 1997), ameaça também para o Brasil. Esta espécie também é muita caçada, mas pela sua ampla distribuição não sofre ameaça de extinção (Aguiar 2004).
Citado também para a Terra Indigena (TI) do Alto Turiaçu e Caru (MA; Oliveira et al. 2011), TI Xavantes do Rio das Mortes (MT; Vila Xavante de Etenhiritipá) e TI Parabubure (MT).
Pesquisas de biologia, genética e ecologia básica no Brasil.
Existentes:
Não há pesquisas em andamento envolvendo o táxon.
Especialistas e Núcleos de Pesquisa e Conservação:
Guilherme Miranda Mourão (UFMS e Embrapa/Pantanal); Arnaud Léonard Jean Desbiez.
Abba, A.M. &Superina, M. 2010. The 2009/2010 Armadillo Red List Assessment. Edentata, 11(2): 135-184.
Aguiar, J.M. 2004. Species summaries and species discussions. In: Fonseca, G.; Aguiar, J.M.; Rylands, A.; Paglia, A.; Chiarello, A.; Sechrest, W. (orgs.). The 2004 Edentate Species Assessment Workshop. Edentata, 6: 3-26.
Anacleto, T.C.S. 2007. Food habits of four armadillos species in the Cerrado area, Mato Grosso, Brazil. Zoological Studies, 46(4): 529-537.
Antunes J. M. A. P; Demoner, L.C.; Martins, I.V.F.; Zanini, M.S.; Deps, P.D. &Pujol-Luz, J.R. 2006. Registro de Dasypus novemcinctus (Mammalia: Xenarthra) parasitado por Tunga terasma (Siphanoptera: Tungidae) em Alegre, Estado do Espírito Santo, Brasil. Revista Brasileira de Parasitologia Veterinária, 15: 206-207.
Araújo, R.M.; Souza, M.B. & Ruiz-Miranda, C.R. 2008. Densidade e tamanho populacional de mamíferos cinegéticos em duas unidades de conservação do estado do Rio de Janeiro. Iheringia Zoologia, 98(3): 391–396.
Breece, G.A. &Dusi, J.L. 1985. Food habits and home range of the common long-nosed armadillo Dasypus novemcinctus in Alabama. Pp. 419-427. In: Montgomery, G.G. (ed.). The Evolution and Ecology of Armadillos, Sloths, and Vermilinguas. Smithsonian Institution Press, Washington & London. 451p.
Cuéllar, E. 2008. Biology and ecology of armadillos in the Bolivian Chaco. Pp. 306-312. In: Vizcaíno, S.F. &Loughry, W.J. (eds.). The Biology of the Xenarthra. University Press of Florida, Gainesville. 370p.
Desbiez, A.L.J.; Bodmer, R.E. & Tomas, W.M. 2010. Mammalian densities in a Neotropical Wetland subject to extreme climatic events. Biotropica, 42(3): 372-378.
Eisenberg, J.F. & Redford, K.H. 1999. Mammals of the Neotropics: The Central Neotropics. Ecuador, Peru, Bolivia, Brazil. v. 3. The University of Chicago Press, Chicago. 610p.
Fischer, W.A. 1997. Efeitos da BR-262 na mortalidade de vertebrados silvestres: síntese naturalística para a conservação da região do Pantanal, MS. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Conservação). Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. 44p.
Fonseca, G.A.B.; Herrmann, G.; Leite, Y.L.R.; Mittermeier, R.A.; Rylands, A.B. & Patton, J.L. 1996. Lista anotada dos mamíferos do Brasil. Occasional Papers in Conservation Biology, 4: 1-38.
Gardner, A.L. 2005. Order Cingulata. Pp. 94–99. In: Wilson, D.E. & Reeder, D.M. (eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. The Johns Hopkins University Press, Baltimore. 2142p.
Gardner, A.L. 2007. Magnorder Xenarthra. Pp. 127–177. In: Gardner, A.L. (ed.). Mammals of South America: Marsupials, Xenarthrans, Shrews, and Bats. The University of Chicago Press, Chicago. 690p.
Layne, J.N. & Glover, D. 1977. Home range of the armadillo in Florida. Journal of Mammalogy, 58(3): 411-413.
Loughry, W.J. & McDonough, C.M. 1996. Are road kills valid indicators armadillo population structure. American Midland Naruralist, 135(1): 53-59.
McBee, K. & Baker, R.J. 1982. Dasypus novemcinctus. Mammalian Species, 162: 1-9.
McDonough, C.M. 1994. Determinants of aggression in nine-banded armadillos. Journal of Mammalogy, 75(1): 189-197.
Medri. Í. M.; Mourão, G. M. & Rodrigues, F. H. G. 2011. Ordem Cingulata. Pp. 75-90. In: Reis, N.R.; Peracchi, A. L.; Pedro, W. A. & Lima, I.P. (eds.). Mamíferos do Brasil. 2 ed. Londrina. 439p.
Nowak, R. M. 1999. Walker's Mammals of the World. v. 1. 6. ed. The Johns Hopkins University Press, Baltimore & London. 836p.
Oliveira, T. G.; Gerude, R. G.; Dias, P. A. & Resende, L. B. 2011. Utilização de caça pelos índios Awá/Guajá e Ka'apor da Amazônia Maranhense. In: Martins, M.B. & Oliveira, T.G (eds.). Amazônia Maranhense: Diversidade e Conservação. Belém. 327p.
Paglia, A.P.; Fonseca, G.A.B.; Rylands, A.B.; Herrmann, G.; Aguiar, L.M.S.; Chiarello, A.G.; Leite, Y.L.R; Costa, L.P.; Siciliano, S.; Kierulff, M.C.M.; Mendes, S.L.; Tavares, V.C.; Mittermeier, R.E. &Patton, J.L. 2012. Lista anotada dos mamíferos do Brasil. 2ª Edição. Occasional Papers in Conservation Biology, 6: 1-76.
Redi, C.A; Zacharias H.; Merani, S.; Oliveira-Miranda, M.; Aguilera M.; Zuccotti M.; Garagna, S. &Capanna, E. 2005. Genome sizes in Afrotheria, Xenarthra, Euarchontoglires and Laurasiatheria. Journal of Heredity, 96: 485-493.
Schaller, G.B. 1983. Mammals and their biomass on a Brazilian ranch. Arquivos de Zoologia, 31(1): 1-36.
Sikes, R.S.; Heidt, G.A. &Elrod, D.A. 1990. Seasonal diets of the Nine-banded Armadillo (Dasypus novemcinctus) in a Northern Part of its Range. American Midland Naturalist, 123(2): 383-389.
SMA (Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo). 2009. Anexo 5: Lista de Mamíferos do Estado de São Paulo. Pp. 599-606. In: Bressan, P.M.; Kierulff, M.C.M. & Sugieda, A.M. (coord. geral). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo: Vertebrados. Fundação Parque Zoológico de São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente, São Paulo. 648p.
Smith, P. 2007. Nine-Banded Armadillo Dasypus novemcinctus (Linnaeus, 1758). Handbook of the Mammals of Paraguay. Número 8. http://www. faunaparaguay.com. (Acesso em 06.12.2011).
Superina, M. & Aguiar, J.M. 2006. A reference list of common names for the Edentates. Edentata, 7: 33-44.
Szabó, M.P.J.; Martins-Olegário, M.M. & Quagliatto-Santos, A.L. 2007. Tick fauna from two locations in the Brazilian Savannah. Experimental and Applied Acarology, 43: 73-84.
Wetzel, R.M. 1985. Taxonomy and distribution of armadillos, Dasypodidae. Pp. 23–48. In: Montgomery, G.G (ed.). The Evolution and Ecology of Armadillos, Sloths, and Vermilinguas. Smithsonian Institution Press, Washington. 451p.
Citação:
Silva, K.F.M.; Costa, J.F.; Anacleto, T.C.S. & Timo, T.P.C. 2015.Avaliação do Risco de Extinção de
Dasypus novemcinctus Linnaeus, 1758 no Brasil. Processo de avaliação do risco de extinção da fauna brasileira. ICMBio. http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/fauna-brasileira/lista-de-especies/7106-mamiferos-dasypus-novemcintus-tatu-galinha.html
Oficina de Avaliação do Estado de Conservação de Xenarthra Brasileiros.
Data de realização: 18 a 20 de julho de 2012.
Local: Iperó, SP.
Avaliadores:
Adriano Garcia Chiarello, Fábio Röhe, Flávia Regina Miranda, Gileno Antonio Araújo Xavier, Guilherme de Miranda Mourão, José Abílio Barros Ohana, Kena F.M. da Silva, Mariana de Andrade Faria-Corrêa, Sergio Maia Vaz, Teresa Cristina da Silveira Anacleto.
Colaboradores:
Amely B. Martins (Ponto Focal), Diógenes A. Ramos Filho (Sistema Sagu-í), Estevão Carino (Facilitador), Flávia Regina Miranda, Ivy Nunes (Mapas), Kena F. M. da Silva (Compilação), Maria Nazareth F. da Silva, Marcos de S. Fialho (Ponto Focal), Taissa Régis (Apoio).
Redes Sociais