ESCOLA PARQUE: PROTAGONISMO SOCIAL E CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE

semfotoUnidade: Parque Nacional do Iguaçu

Autores: Realizadores: Mariele B. Mucciatto Xavier, Franciéle Guilhardi e Daniela Bartnicki (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

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Bioma: Marinho Costeiro

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Objetivo
Com 185 mil hectares de Mata Atlântica e abrigando as Cataratas do Iguaçu, uma das Sete Maravilhas da Natureza, o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, viu na sua Escola Parque uma saída para melhoria do relacionamento entre a Unidade de Conservação e os moradores do seu entorno. O histórico de criação e implementação do Parque Nacional do Iguaçu revelou diversos conflitos, desde extração ilegal de palmito, caça ilegal e uso intensivo da Unidade de Conservação pela comunidade do entorno, em especial o caso da Estrada do Colono. A estrada, com 17 km, liga Serranópolis do Iguaçu a Capanema. Surgiu em 1954, como um caminho e acabou se tornando uma estrada rudimentar, cortando o Parque Nacional. Isso ampliou os problemas como caça e desmatamento na Unidade, e, por essa razão, a estrada foi fechada pela Justiça Federal e pelo Ministério do Meio Ambiente em 2003. O que gerou a graves problemas de relacionamento entre a gestão do Parque e a população do entorno que se sentiu prejudicada. Isso porque o fechamento da estrada aumentou em dezenas de quilômetros o caminho da população entre as cidades, comprometendo o comércio local e levando algumas comunidades ao isolamento.
Desenvolvimento

Para tentar reduzir esses conflitos, os gestores passaram a utilizar a Escola Parque como estratégia de aproximação com o entorno. A Escola é responsável pelo programa de Educação Ambiental da Unidade de Conservação. O seu objetivo é fortalecer o Parque como referência para diálogo e ação conjunta em Educação Ambiental, reforçando os mecanismos de gestão da Unidade, especialmente quanto à participação da população do entorno, articulação e controle social nos processos decisórios relacionados à conservação. Assim, para minimizar o conflito gerado com o fechamento da estrada,duas novas bases da Escola foram criadas em outros municípios, além de Foz do Iguaçu. Também foram executados projetos que passaram a envolver principalmente lideranças comunitárias,professores e crianças. Um dos pontos importantes dessa estratégia foi o incentivo ao protagonismo das lideranças locais na tomada de decisão e no exercício da cidadania, participando do Conselho Gestor da Unidade de Conservação e até das visitas das mais de cinco mil pessoas que passam na Unidade por meio da Escola Parque. Atividades como palestras, seminários, gincanas ecológicas, comemorações de datas especiais para o meio ambiente, são algumas das ações junto à população.

O caso do fechamento da estrada ainda é polêmico e atualmente tramita na Câmara Federal um projeto de Lei que tem como objetivo a reabertura da estrada. Porém, de acordo com a gestora responsável pela Escola Parque, Mariele B. Mucciatto Xavier, a experiência vivenciada tem sido muito positiva e os resultados alcançados têm demonstrado que a Educação Ambiental, enquanto processo continuado de aprendizagem, promove mudanças significativas de valores e atitudes, buscando aliar conservação da natureza e participação social em um exercício de cidadania.

 


Resultados

Hoje, é possível notar um envolvimento da comunidade do entorno na gestão deste espaço protegido por meio dos trabalhos práticos dos professores com seus alunos e comunidade escolar. "Os professores já extrapolam os muros das escolas para suas comunidades, e atingindo os sujeitos que não eram o foco do ação da Escola Parque. Já se percebe mudança nos professores, no diálogo e nos processos relacionadas ao parque", afirmou Mariele.

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