METODO DE ZONEAMENTO COM ELABORAÇÃO DE MAPAS DE RISCO GARANTE EFICIENCIA NO COMBATE À INCÊNDIOS FLORESTAIS

semfotoUnidade: Parque Nacional de São Joaquim

Autores: Realizadores: Michel Tadeu R. N. de Omena, Marcos H. Taniwaki, Patrícia Silva Santos, Eduardo Kenji Araki e Marcos Schimalski (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade)

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Bioma: Mata Atlântica

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Objetivo
A gestão do Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina, elaborou um zoneamento de risco de incêndio florestal para a Unidade, o que aprimorou a metodologia de obtenção do zoneamento derisco de incêndios florestais, definindo variáveis e categorias e, claro, meios de aplicação dessa ferramenta com apoio da equipe do Parque. De acordo com seus criadores, a ferramenta pode ser aplicada,com adaptações em outras Unidades de Conservação, a prevenção de incêndios nas Unidades de Conservação é uma estratégia fundamental não só como segurança do patrimônio natural dessas áreas, mas das próprias comunidades que vivem ao seu redor. O problema que originou a iniciativa tem relação com o histórico de desocupação da Unidade. Criada em 1961 para evitar a exploração irracional sobre os pinheirais catarinenses, a área foi denominada "Parque Florestal". A partir de 2006 iniciou-se o processo de regularização fundiária dos imóveis na área do já então Parque Nacional,que abrange os municípios de Urubici, Bom Jardim da Serra, Orleans e Grão-Pará. "O Parque possui duas áreas bem distintas, a parte alta e a parte mais baixa, onde havia a necessidade imediata de controle do fogo", afirma um dos autores do mapa, o analista ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Marcos Taniwaki. Para desenvolver o projeto, o Parque conta com a parceria do Curso de Mestrado em Engenharia Florestal da Universidade do Estado de Santa Catarina e apoio da Coordenação Geral de Proteção Ambiental do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade.
Desenvolvimento

Com ajuda de programas digitais de geoprocessamento, foram definidos mapas considerando vários elementos que impactam a geração e propagação do fogo, como cobertura vegetal, trilhas, rede elétrica,temperatura, umidade e proximidade de estradas. Paralelamente, visitas para checagem dessas áreas foram realizadas, comprovando na prática a situação das localidades. "Esta foi a primeira etapa, que nos deu dados completos para o zoneamento do parque. Na segunda etapa desse processo, buscamos entender quais os fatores que representavam mais risco de incêndio, obtendo assim um Mapa de Risco de Incêndio, dando pesos diferentes para cada risco de cada área", complementa Marcos.O zoneamento de risco passou a ser estratégico para a Unidade, pois viabiliza a aplicação mais exata de recursos humanos e financeiros, em áreas prioritárias. Essa avaliação é importante e aplicável especialmente em grandes Unidades de Conservação, que em geral precisam contar com um contingente maior de pessoal para combate e prevenção de incêndios.


Resultados

A metodologia de criação do mapa de risco de incêndios do Parque Nacional São Joaquim já é apontada como referência para diversas Unidades e até para áreas particulares, em alguns casos podendo ser aplicado de imediato e, em outros, dependendo de ajustes locais. Mas há alguns desafios, de acordo com os profissionais envolvidos no projeto, como a falta de mão de obra capacitada para trabalhar com as ferramentas de tecnologia da informação, que requerem dedicação e técnicos qualificados, além dos custos com softwares. Todavia, a utilização de imagens de satélite e ortofotos está se popularizando e já são disponibilizadas por governos estaduais e federais, o que torna mais fácil a utilização desse inovador método de gestão para prevenção e combate a incêndios florestais.

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