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Unidade: Reserva Extrativista São João da Ponta
Autores: Waldemar londres Vergara Filho (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade); Patrick Heleno dos Santos Passos e Marcelo Cunha Mousinho Coelho (Secretaria de Estado de Pesca e Aqüicultura do Pará); e João de Lima Coelho (Associação dos Usuários da Reserva Extrativista).
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Bioma: Amazônia
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Objetivo |
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As Reservas Extrativistas Marinhas da região do Salgado Paraense,compõem parte significativa da maior extensão de área contínua de manguezal do mundo. Nesta região, a coleta e comercialização do caranguejo-uçá (Ucides cordatus) é uma das mais tradicionais atividades socioculturais e econômicas na região. "O caranguejo tem um papel muito importante nas nove Reservas Extrativistas Marinhas do Norte do Brasil. Cerca de 60% dos caranguejos-uçá comercializados no Estado do Pará são provenientes das Reservas Extrativistas marinhas paraenses. Durante muitos anos o transporte do caranguejo-uçá pelos pescadores artesanais era feito em sacas, de maneira inadequada, o que acarretava na mortandade de até 50% dos indivíduos coletados,causando prejuízos ambientais e também econômicos aos pescadores.<texto objetivo> |
Desenvolvimento |
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No intuito de buscar a sustentabilidade da atividade de coleta e transporte do caranguejo-uça e aumentar a renda das populações locais, um modelo inovador de transporte da espécie vem sendo implementado de forma positiva desde 2011 no Estado do Pará, contribuindo para a publicação da Instrução Normativa n.09 do Ministério da Pesca e Aquicultura em julho de 2013. A Instrução Normativa estabelece normas para que o caranguejo-uçá seja transportado adequadamente desde a sua origem até o seu ponto para venda. Ela foi baseada na tecnologia desenvolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, que recomenda a mudança da forma de estocagem do caranguejo solto em caixas ou sacos nos barcos para o seu transporte em caixas de plásticos com espuma umedecida (basquetas)nos veículos. Para implementar e desenvolver essa técnica nas Reservas Extrativistas Marinhas paraenses, o Instituto Chico Mendes realizou uma série de atividades junto aos caranguejeiros para que eles pudessem aplicar e aprimorar no seu dia a dia o uso de basquetas para transportar os caranguejos coletados. No intuito de implementar de forma eficaz e sustentável essa tecnologia na região, a estratégia adotada foi a valorização do conhecimento do pescador artesanal, fazendo com que ele fosse o disseminador dessa técnica e a tornasse um elemento na identidade dos pescadores de caranguejo dessas Reservas. Essa abordagem foi crucial para o sucesso dessa ação e passou a ser reconhecida como uma inovação social."A inovação nesse caso é feita pelos próprios pescadores das reservas extrativistas. Isso traz uma reflexão sobre instruções normativas que tem que ser elaboradas com base no etnoconhecimento. A sabedoria popular tem muito a nos ensinar em qualquer dimensão de proteção ambiental ou uso sustentável", comenta Waldemar. O trabalho foi desenvolvido em três etapas: sensibilização, capacitação e extensão pesqueira na base comunitária, incluindo acompanhamento da comercialização autônoma e direta ao consumidor final.Ao todo, foram envolvidos nesse processo 1.930 caranguejeiros de 12 municípios do litoral paraense, sendo 843 deles pescadores de oito das nove Reservas Extrativistas marinhas do Pará. |
Resultados | |
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Nos cursos de capacitação, sete caranguejeiros atuaram como agenteseducadores e multiplicadores da técnica, facilitando a implementaçãoda mesma por outros pescadores. Além disso, contribuíram com a formulação dos anexos da Instrução Normativa n.09, por meiode vivências e práticas de manejo do caranguejo-uçá.Com relação à comercialização, houve aumento do preço médio docaranguejo recebido pelos pescadores, em decorrência do aumentodo tempo de vida dos indivíduos e forte queda demortalidade obtidapelo novo procedimento. Através das atividades de monitoramentodos resultados em 27 feiras que foram organizadas, cerca de 35.500caranguejos foram comercializados,com uma mortalidade media de apenas 4,9%, e o índice de resistência maior que 95%. |