Moradores da Reserva Extrativista Mapuá, no município de Breves, na Ilha de Marajó (PA), participaram do III Congresso do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, realizado na semana passada, em Macapá (AP). Mais de 500 representantes de diversas comunidades extrativistas, quilombolas e indígenas de estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste estiveram no evento. As comunidades extrativistas do arquipélago do Marajó enviaram grupo de 35 moradores, cinco deles da Resex Mapuá.
Entre as medidas anunciadas durante o Congresso está uma chamada pública de Assistência Técnica e Extensão Rural que será lançada ainda este mês pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) para atender a 14 mil famílias extrativistas do Bolsa Verde em 11 unidades de conservação do Acre, Amazonas e Pará.
“Nós queremos que a assistência técnica seja direcionada para que as pessoas possam produzir, beneficiar a matéria-prima e agregar valor”, avaliou o ministro do MDA, Pepe Vargas. Ele afirmou que o desafio do governo federal é capacitar as populações extrativistas para que elas se organizem economicamente e possam vender para os mercados e, também, para os programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e Nacional da Alimentação Escolar (Pnae).
Outra medida anunciada no III Congresso é a compra de alimentos da Associação dos Moradores da Reserva Extrativista Mapuá por intermédio do PAA. O governo vai investir mais de R$ 273 mil para adquirir produtos como açaí, abacaxi, camarão, farinha de mandioca e pescada branca.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou que é preciso ampliar o debate sobre a preservação da floresta aliada ao desenvolvimento social e econômico das populações que vivem nela. “Temos que tirar a ideia de que as áreas protegidas são improdutivas”, disse a ministra.
Fonte: ICMBio em Foco, edição 222 - DCOM / ICMbio
