CEPSUL E REBYC II - LAC (FAO) participam de encontro sobre pescarias responsáveis em Shangai

(Itajaí - 30/04/2019) O CEPSUL, como integrante do projeto REBYC II – LAC /FAO/GEF (Manejo Sustentável da Fauna Acompanhante na Pesca de Arrasto na América Latina e Caribe da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura), participou do último encontro da ICES (International Council for the Exploration of the Sea) - FAO WGFTFB 2019 "Responsible Fishing Technology for Healthy Ecosystems and Clean Environment" em Shanghai, China.

 

O encontro contou com especialistas de 34 diferentes países, que apresentaram pesquisas voltadas à exploração sustentável do ambiente marinho. A bióloga Dérien Vernetti Duarte, pesquisadora colaboradora do projeto GEF Mar, vinculada ao CEPSUL, e do projeto REBYC II – LAC, apresentou o projeto realizado no Brasil para mitigação de impacto da pesca de arrasto de camarões por meio do uso de dispositivos redutores de captura, conhecidos mundialmente como BRD's (Bycatch Reduction Devices). Durante o encontro foi possível conhecer as dependências da Shanghai Ocean University e as tecnologias utilizadas nas pesquisas pesqueiras, como o tanque teste para redes e visitar uma comunidade tradicional de pescadores de camarões.

 

A ICES representa um importante grupo de trabalho, que conta com diversos especialistas no tema, sendo fundamental apresentar os avanços brasileiros na redução do impacto das redes de arrasto em três principais regiões do país, assim como ampliar o conhecimento sobre o que vem sendo desenvolvido em termos de tecnologia no uso dessas ferramentas. No encontro, foi possível um intercâmbio de experiências e a possibilidade de ampliar as parcerias com pesquisadores da América do Norte e Europa e que estão à frente destas pesquisas. Diferentemente do Brasil, nestes países as pescarias já possuem legislações específicas relacionadas às medidas mitigadoras. No Brasil, o projeto REBYC II – LAC, em parceira com o CEPSUL/ICMBio, universidades e o setor pesqueiro, vem encontrando bons resultados em testes com dispositivos redutores nas frotas de arrasto de pequena e grande escala das regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, tanto na redução de espécies sem interesse comercial, incluindo espécies ameaçadas de extinção, como no aumento de rendimento no que se refere à espécie-alvo.