UFSCar, IPA e Biota visitam o CEPTA

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Esta semana, a Coordenadora Dra. Carla Polaz e parte da equipe CEPTA receberam a visita técnica das docentes Dra. Sônia Buck e Dra. Denise Balesteros da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), do pesquisador Dr. Paulo Ruffino do Instituto Paulista de Pesquisas Ambientais-IPA e de Eliane Sales, Bióloga representante da empresa BIOTA, que atua no ramo de consultoria ambiental com sede em Lisboa/Portugal.

Inicialmente, a reunião visou a retomada dos trâmites do Acordo de Cooperação entre a UFSCar e o CEPTA/ICMBio para o desenvolvimento do "Projeto Qualidade Ambiental do Córrego da Barrinha em Pirassununga-SP", elaborado por analistas ambientais do CEPTA e as docentes da UFSCar.

Este projeto tem como objetivo principal gerar informações relacionadas à qualidade ambiental da micro-bacia hidrográfica do Córrego da Barrinha e vai colaborar com subsídios ao monitoramento ambiental da área realizado pela equipe do CEPTA. Adicionalmente, espera-se contribuir para os estudos de Conservação das Espécies da Ictiofauna Ameaçada de Extinção contidas no Plano Nacional do Alto Paraná, coordenado pelo ICMBio/CEPTA.

Inicialmente a área de estudo prevista é a microbacia do Córrego da Barrinha, que está localizada no distrito de Cachoeira de Emas, município de Pirassununga, SP, com área estimada de 862 ha, sendo que cerca de 40% de sua área integra o CEPTA.

Este córrego é afluente direto do rio Mogi-Guaçu e possui aproximadamente 4 km de extensão, entretanto, está sob elevada pressão antrópica, principalmente pelas propriedades rurais circundantes e as atividades agrícolas lá desenvolvidas que causam assoreamento de seu curso e contaminação por pesticidas e herbicidas que são usados em larga escala. Outro fator de risco para o córrego é a baixa cobertura vegetal de áreas que são de preservação permanente. Por fim, o córrego ainda sofre impacto direto e indireto negativos devido a presença da rodovia SP 201 e estradas rurais que circundam a área do Centro.

Em sequência, a Bióloga Eliane Sales falou sobre as atividades que a empresa Biota desenvolve não só em Portugal, mas em outros países da Europa e continente Africano, com desenvolvimento de projetos de conservação da biodiversidade, educação ambiental, qualidade de água, entre outros.

Após a palestra, os participantes foram convidados a interagir com o material educativo trazido para ocasião, pela Bióloga da Biota. As atividades propostas despertaram muito interesse e momentos de descontração aos presentes, além de troca de experiências sobre ações de Educação realizadas aqui no Brasil pelo CEPTA e pela equipe da Biota, nos países onde a empresa atua.

No retorno do almoço, os participantes foram convidados a conhecerem o Laboratório de Biotecnologia onde o Dr. George, pesquisador voluntário do CEPTA apresentou as tecnologias lá desenvolvidas principalmente na área de propagação mediada de peixes ameaçados de extinção.

Terminando a visita, o grupo se dirigiu ao Laboratório dos Peixes Rivulídeos onde a Analista Ambiental Izabel Boock e o Mestrando Davi Oliveira apresentaram as espécies ameaçadas de extinção do grupo dos peixes Rivulídeos, as técnicas de reprodução e manejo de ambientes artificiais que garante a sobrevivência das espécies coletadas nas expedições de campo, realizadas em várias localidades do Brasil.

Texto: Sônia Buck, Denise Ballesteros e Rogério Machado
Imagem: Rogério Machado