Nossos moradores

 

Elacatinus figaro Crédito Ivan Cavas

Elacatinus figaro (góbio-néon) clicado na Ilha Queimada Pequena (ESEC Tamoios) por Ivan Cavas.

Encontrado na Estação Ecológica de Tamoios, este peixe limpador apresenta o hábito de remover ectoparasitas, tecido doente, muco e escamas da superfície corporal de outros peixes e invertebrados em locais denominados estações de limpeza. Muito procurado pelo comércio aquarista no passado, hoje consta na Lista Nacional Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção (MMA, IN 05/04; PORTARIA 445/2014) que o protege de modo integral, incluindo, entre outras medidas, a proibição de captura, transporte, armazenamento, guarda, manejo, beneficiamento e comercialização.

 

Parablennius  e Tubastraea tagusensis crédito AUGUSTO VALENTE

Parablennius pilicornis (Maria-da-Toca) entre uma colônia de Tubastraea tagusensis (coral-sol), clicado por Augusto Valente.

Conhecido popularmente como Maria-da-Toca, este peixe é figura fácil de ser encontrado entre rochas, algas e corais. Este exemplar, fotografado na ilha Imboassica, encontrou refúgio numa colônia de coral-sol. O coral-sol é uma espécie exótica invasora que vem ameaçando a biodiversidade da Baía da Ilha Grande, pois ocupa espaço nos costões rochosos e tem a capacidade de excluir as espécies nativas, diretamente ou pela competição por recursos, transformando a estrutura e a composição dos ecossistemas.

 

Tubastraea tagusensis Crédito ALEXANDRE ORNELLASTubastraea tagusensis (coral-sol) com dois pólipos abertos e um fechado, clicado por Alexandre Ornellas.

Duas espécies de coral-sol invadiram a Baía da Ilha Grande: Tubastraea tagusensis e Tubastraea coccinea. Apesar de sua beleza, o Coral-Sol é fauna altamente nociva à flora e fauna nativas, aos ecossistemas costeiros e às suas funções, causando impactos que levam à perda da biodiversidade e fragilização dos recursos pesqueiros nas regiões infestadas. Apresentando o quadro mais crítico de infestação de coral-sol dentre todas as unidades de conservação federais do Brasil, a Estação Ecológica de Tamoios desenvolve ações de controle e monitoramento dos corais invasores, de modo a aumentar a oportunidade de assentamento de espécies nativas, mitigando assim o impacto em pelo menos 29 das 187 ilhas da Baía da Ilha Grande.

Sula leucogaster crédito Leonardo Flach

Sula leucogaster (Atobá-pardo), clicado por Leonardo Flach

É geralmente avistado forrageando próximo ao litoral, nas áreas adjacentes às ilhas e rochedos da ESEC Tamoios. Com plumagem de cor de café e a barriga branca, é um pescador admirável, mergulhando de grandes alturas para capturar peixes e moluscos encontrados a poucos metros da superfície marinha.Também é avistado em associações de alimentação com o boto-cinza. Essa associação é caracterizada como do tipo comensal sendo as aves beneficiárias de um cardume inicialmente localizado pelos botos.

 

Sotalia guianensis Crédito Leo FlachGrupo de Soltalia guianensis (Boto Cinza) na Baía de Paraty, clicado por Leonardo Flach.

Os botos cinza podem ser encontrados em grandes agregações com mais de 250 indivíduos na baía de Paraty. Eles apresentam hábitos costeiros e utilizam esta baía para descanso, forrageamento, socialização e reprodução. Um dos objetivos específicos da Estação Ecológica de Tamoios é garantir o livre trânsito e permanência de cetáceos.